Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Tostes, Jéssica Marques da Costa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://app.uff.br/riuff/handle/1/25618
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Resumo: |
A variação na concordância verbal pode ser definida como um fenômeno demarcador no contexto da polarização sociolinguística brasileira (LUCCHESI, 2015) que destaca divergências entre a forma vernacular de concordância utilizada socialmente e as regras prescritas pela gramática normativa. Tais diferenças podem ser observadas principalmente nas camadas mais populares da sociedade, de modo que, para a elite, a falta de concordância é um traço estigmatizado, reforçando assim estereótipos de inferioridade social daqueles que não a empregam regularmente. Considerando a relevância do tema, esta pesquisa visa a analisar, sob a perspectiva teórico-metodológica da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008 [1972]), a variação na concordância verbal junto à 3a pessoa do plural no português indígena falado em situações de bilinguismo em comunidades indígenas do povo sateré-mawé. Com base em amostras de fala vernácula das regiões do Município de Parintins, Estado do Amazonas, a análise dos encaixamentos sociais do fenômeno apontou para um quadro de mudança em curso na comunidade no sentido do incremento do uso da regra de concordância. Já os resultados da análise quantitativa dos condicionamentos estruturais revelaram que a variação é condicionada pelos seguintes fatores: posição e realização do sujeito, coesão estrutural, tipo de marcação do plural no SN sujeito, caracterização semântica do sujeito, tipo de verbo e saliência fônica. Com esta análise empírica, buscou-se lançar novas luzes sobre a história sociolinguística do Brasil, pois esta foi marcada pela assimilação linguística de muitos povos indígenas que foram aculturados, ao longo da formação da sociedade brasileira. Portanto, pretende-se com a pesquisa, contribuir não só para um maior conhecimento da diversidade linguística brasileira, mas também para um maior conhecimento da história etnolinguística e multiétnica do País. |