Estudo em cadáveres sobre a associação entre os ângulos tomográficos do impacto fêmoro-acetabular e a histologia da lesão do lábio acetabular

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Ejnisman, Leandro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Hip
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5140/tde-11042016-113001/
Resumo: INTRODUÇÃO: O impacto fêmoro-acetabular (IFA) é considerado importante causa de dor do quadril no jovem, podendo evoluir para osteoartrite do quadril. O objetivo deste estudo foi investigar se há associação entre achados da tomografia computadorizada (TC) em cadáveres e lesões do lábio acetabular avaliadas histologicamente. MÉTODOS: Foram realizadas TCs de bacia de 20 cadáveres não formolizados. Os ângulos habituais relacionados ao IFA foram mensurados por um radiologista (ângulo alfa, versão femoral, versão acetabular, ângulo centro-borda e ângulo de Tönnis). O cadáver foi considerado portador de IFA tipo came quando apresentou um ângulo alfa maior que 50º. O cadáver foi considerado portador de IFA tipo pincer quando apresentou versão acetabular menor que 0º, ângulo centro-borda maior que 40º, ou ângulo de Tönnis menor que 0º. Os cadáveres foram então dissecados, o acetábulo foi ressecado, e três fragmentos foram obtidos da peça correspondendo às porções anterior, superior e posterior do rebordo acetabular. Após preparo histológico habitual, as lesões labiais foram avaliadas por um patologista. Quando presente, a lesão foi classificada segundo Seldes. RESULTADOS: A média de idade dos cadáveres foi de 50,2 anos ± 7,4. Foram estudados 13 homens e 7 mulheres. Dezesseis (80%) dos cadáveres foram considerados portadores de impacto tipo came. Oito (40%) cadáveres foram considerados portadores de impacto tipo pincer. Mulheres apresentaram maior proporção de IFA tipo pincer (21,4% dos homens apresentaram IFA tipo pincer e 83,3% das mulheres, p = 0,01). Histologicamente, 16 (80%) dos espécimes apresentaram lesão microscópica em pelos menos um fragmento. Ao dividirmos as regiões, os fragmentos anteriores apresentaram lesão labial em 65% dos casos, os fragmentos superiores 50% e os fragmentos posteriores em 25%. Segundo a classificação de Seldes, 60,7% das lesões foram do tipo 1, 28,6% foram do tipo 2, e 10,7% foram mistas. Indivíduos com lesão labial apresentaram um ângulo alfa maior (53,3º nos casos com lesão e 49,3º nos casos sem lesão, p = 0,01). Alterações tipo pincer não apresentaram associação com presença de lesões labiais (p > 0,05). Não foi encontrada associação entre pincer ou came e a classificação da lesão labial segundo Seldes (p > 0,05). CONCLUSÕES: Cadáveres com maior ângulo alfa apresentaram maior prevalência de lesão labial. Os demais ângulos analisados não apresentaram associação com a lesão labial. Nenhuma associação foi encontrada entre tipo de IFA e tipo de lesão labial segundo Seldes