De passagem: a etnografia como método de observação para contextos socioculturais na reportagem (Uma experiência etnográfica no Elevado João Goulart, o Minhocão, em São Paulo)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santana, Alex Sander Alcantara Lopes de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27164/tde-19122023-153236/
Resumo: A tese estabelece um diálogo com a etnografia, definida como método de observação para compreender contextos socioculturais. O estudo define conceitos para o jornalismo, esclarece o que é etnografia, problematiza a questão do tempo, formas de imersão e o acesso às pessoas no jornalismo. Há uma incompreensão generalizada nos estudos sobre jornalismo que incorporam a prática etnográfica como método: observação participante, trabalho de campo e descrição literária aparecem como práticas sinônimas. A etnografia é vista como uma atividade instrumental desprovida de teoria, e não como resultado de processos de observação e seleção, associada a um esforço intelectual para compreensão dos contextos socioculturais. A pesquisa discute três perspectivas antropológicas De perto, De longe e De passagem com o objetivo de incorporar práticas de observação ao método de verificação jornalístico. Aplica o método etnográfico, nas três formas de apreensão de contextos, à reportagem sobre o Elevado João Goulart, o Minhocão, em São Paulo. A experiência permite inferir que o Minhocão é um lugar de passagem, um espaço de lazer para práticas esportivas, caracterizado como um espaço das técnicas. A partir do movimento de ocupação espontânea, deduz-se que, por essência, o elevado é um espaço para as artes. No seu entorno, a dinâmica sociocultural é caracterizada pela hipersterização, fenômeno que reflete uma intrincada rede de referências, preferências estéticas e posicionamentos políticos, individuais e coletivos, e de estabelecimentos que não fazem parte de nenhuma rede de lojas ou negócios.