Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Cesar, Cinthia Gonçalves Lenz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10135/tde-19072024-142025/
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Resumo: |
O inseto black soldier fly (BSF) tem despertado interesse como um ingrediente promissor nas dietas de pets, por ser rico em nutrientes e ser uma fonte proteica sustentável. Porém, existem poucos estudos sobre seus efeitos em gatos. Assim, este estudo avaliou os efeitos da farinha de larvas de BSF no processamento, palatabilidade e digestibilidade da dieta e produtos de fermentação fecal e microbiota fecal de gatos. Para isso foram utilizados três alimentos similares, com exceção da fonte proteica: dieta controle (CON), com fonte proteica única de farinha de vísceras de frango; dieta teste 50% (DT50) com 50% da farinha de vísceras de frango e 50% de farinha de larvas de BSF; e dieta teste 100% (DT100) com fonte de proteína única de farinha de larvas de BSF. Durante a extrusão dos alimentos, foram avaliados parâmetros como gelatinização dos amidos, os quais apresentaram valores adequados. Os animais foram avaliados em dois grupos: Avaliação 1 e Avaliação 2. Na avaliação 1 foram utilizados seis gatos, com idade média 2,42 ± 0,35 anos, machos e fêmeas, escore de condição corporal (ECC)=5, divididos em dois quadrados latinos, 3x3 balanceados, para avaliação de coeficientes de digestibilidade aparente (CDA) dos nutrientes, escore fecal, concentrações fecais de ácidos graxos de cadeia curta e ácidos graxos de cadeia ramificada, nitrogênio amoniacal, ácido láctico, pH fecal, microbiota fecal (rRNA 16S) e pH e densidade urinária. Para a avaliação 2 foram utilizados sete gatos, com idade média 2,42 ± 0,35 anos, machos e fêmeas, ECC=5, para teste de palatabilidade de primeira escolha por meio do método de dois comedouros, durante três períodos de 11 dias, sendo dois dias de adaptação seguida de nove dias de teste. Os dados obtidos foram analisados por meio do software computacional Statistical Analysis System (SAS, versão 9.4) com valores de p<0,05 considerados significativos. Como resultados, na avaliação 1, o escore fecal manteve-se ideal para felinos em todos os grupos. Entretanto, as dietas com BSF apresentaram menor CDA de proteína bruta, matéria orgânica e matéria seca, talvez devido ao maior teor de fibra bruta, porém com digestibilidade dentro de bons parâmetros (P>0,05). Ademais, as dietas BSF reduziram a concentração de nitrogênio amoniacal fecal (p=0,0054), sem alteração de produtos de fermentação (P<0,05) além de pH fecal (p=0,0287). Quanto a microbiota fecal, houve diferenças nas abundâncias de bactérias entre os grupos das dietas. Apesar de maior abundância de bactérias do filo Proteobacteria, com o grupo da dieta DT100, comum em casos de disbiose, bactérias dos filos Firmicutes e Bacteroidetes, associados a simbiose, também estiveram mais presentes nas dietas testes, principalmente no grupo da dieta DT50 (P<0,05). Quanto ao pH de urina apresentaram valores dentro da faixa recomendada para gatos saudáveis. Já em relação a avaliação 2, não houve diferenças na primeira escolha pelas dietas (P>0,05), demonstrando aceitação dos animais. Todavia houve maior tempo de consumo para as dietas BSF (P<0,05), porém sem outros estudos de comparação dessa variável. Os resultados foram positivos, sugerindo benefícios para a saúde intestinal dos gatos e com bons parâmetros de digestibilidade dos nutrientes. |