Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Silva, Ronnie de Almeida Alves da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48134/tde-11122019-154121/
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Resumo: |
A viola caipira chegou ao Brasil há mais de cinco séculos. A feitura do instrumento permeou os tempos em multiplicidade, assumiu brasilidade por meio do corpo nativo que, imaginando, desafiou-se nas formas materiais, expressando-se em gestos e desaguando em sons. A experiência estética do tocar e suas transcendências geram questões: quais seriam os motivadores das práticas violeiras? Como se dá a relação corpo instrumental? Sabendo que a prática da viola resistiu ao decorrer dos séculos nas mãos caipiras, quais as contribuições que a cultura iletrada teria para a estirpe escolar? No presente trabalho, objetivei, de forma filosófica e hermenêutica, abordar essas questões. Trata-se de uma pesquisa qualitativa que utilizou entrevistas semiestruturadas, observações em campo e inserções do próprio pesquisador na prática da viola como vias metodológicas. Dentre essas adições, as principais foram as aulas de viola e os trabalhos realizados junto ao grupo tradicional de Folia de Reis Mensageiros do Santos Reis, em giro cultural pelos municípios de Cotia - SP, Nazaré Paulista - SP e Itapevi - SP. Para a interpretação dos materiais coletados, destaco a fenomenologia da imagem bachelardiana, que persegue imagens devaneantes ancoradas no nosso ser. As recorrências fornecem subsídios para a análise dos processos simbólicos e do imaginário individual, o qual reverbera o coletivo mais amplo. A transmissão de conhecimentos da viola caipira é calcada na experiência, no afeto, no fazer-junto, tendo por bases a corporalidade que nos atravessa. Depreende-se das observações de campo e dos discursos dos entrevistados que o imaginário da viola caipira, por meio do seu aprendizado técnico, desperta um imaginário social mais amplo. Para além do aprendizado instrumental da viola caipira em si, esse se reflete sobre a cultura caipira, o homem do campo, as relações com a cidade e a cultura do interior. |