A viola caipira à frente na representação de uma cultura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Fábio Nunes da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8161/tde-09042021-200518/
Resumo: Presente no Brasil há mais de cinco séculos, a viola tem participação na vida cultural do povo brasileiro em todos os períodos. Após longa jornada em que foi alvo de preconceito, vinculada aos elementos que marcam rusticidade da vida do campo, também marginalizados, a partir da década de 2000, por meio de encontros de violeiros advindos de distintas gerações e estilos, os artistas inseridos nessa cena conseguiram se organizar, em ambientes marcados por reflexões culturais, gastronomia caipira e muita música. Após rica coleta de depoimentos dados por violeiros, produtores e agentes culturais, organizada em apêndice audiovisual, afirma-se, neste trabalho, que a viola caipira está à frente no que se refere à representação de uma cultura e que, organizada a cena dos violeiros, no espaço urbano, reata-se um elo entre a cultura urbana e a vida caipira, rompida no século XIX, num momento em que elementos da cultura européia passavam a influenciar a cena cultural urbana, em que ocorre a emergência do violão como instrumento de acompanhamento e que as irmandades híbridas, ligadas à viola, com suas práticas sincréticas, foram afastadas das igrejas católicas e \"empurradas\" para o campo. Este estudo mostra uma diversificada cena de violeiros do estado de São Paulo com positivas perspectivas para o futuro.