Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Feitoza, Thomas Gamper |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/64/64133/tde-11082020-121253/
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Resumo: |
O lodo de esgoto é um resíduo inerente a todos os sistemas de tratamento de esgoto. Este resíduo é rico em nutrientes e matéria orgânica e sua aplicação em solos como fertilizante pode ser uma alternativa sustentável comparada às outras formas de disposição praticadas. Mesmo passando por tratamento, o lodo pode conter organismos patogênicos a humanos. Dentre os patógenos, a Salmonella possui comportamento errático. Sua persistência no solo pode ser causada por recrescimento ou por colonização por Salmonella de origem ambiental. O uso do lodo como adubo em florestas plantadas é potencialmente adequado, dado que o eucalipto não é cultura alimentar, possui ciclos longos e apresenta cultura altamente mecanizada. Ainda assim, algumas atividades são realizadas por operadores em solo. O objetivo deste estudo foi observar o comportamento de quatro grupos de organismos patogênicos (Salmonella, Coliformes Termotolerantes, Ovos viáveis de helmintos e Enterovirus) provenientes do lodo no solo ao longo de 41 semanas. A fim de separar o efeito do ambiente externo no lodo, foram utilizados dois tratamentos: em Campo e em Estufa. Também foi realizada uma análise de semelhança genética nas cepas de Salmonella coletadas ao longo do experimento para inferir sua origem. Por fim, foi realizada uma análise de risco simplificada para a situação de exposição de operadores em diversos cenários à Salmonella proveniente do lodo. Os Enterovirus desapareceram totalmente em 15 dias após a aplicação. Devido a baixa quantidade de ovos viáveis de helmintos no lodo aplicado, não foi identificado o decaimento. Os coliformes apresentaram decaimento, sendo este mais acentuado em campo do que em estufa devido à maior hostilidade do ambiente aos organismos. Salmonella não exibiu decaimento modelável e apresentou picos de crescimento acima do valor inicial após 13 e 40 semanas da aplicação do lodo. As análises de semelhança genética revelaram a capacidade de grupos de Salmonella de persistir em solo, exposto ao ambiente, por, ao menos, 34 semanas. Dada a presença de pico nas populações de Salmonella em estufa após 40 semanas de experimento, conclui-se que houve recrescimento. A etapa de aplicação do lodo de esgoto como fertilizante é a que apresenta maior risco para o trabalhador, ficando acima do limite estabelecido como tolerável |