O último propagandista do Império: o \'barão\' de Santa-Anna Nery (1848-1901) e a divulgação do Brasil na Europa

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Carneiro, João Paulo Jeannine Andrade
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-06112014-163044/
Resumo: Frederico José de Santa-Anna Nery, o barão de Santa-Anna Nery, nasceu em Belém do Pará no dia 28 de maio de 1848. Após seus 14 anos de idade, passou a viver na Europa, onde desenvolveu diversas atividades, destacando-se como jornalista. Tornou-se redator-chefe de diversos jornais e revistas em Paris onde fixou residência a partir de 1874 que tinham o intuito de divulgar o Brasil e, secundariamente, os demais países da chamada América Latina na Europa. Deste modo, esta tese se propõe a analisar a significação histórica da experiência de Santa-Anna Nery como propagandista do Brasil na Europa em fins do século XIX. Buscase, nesse contexto, compreender de que forma o personagem em foco atuou como agente ou reprodutor de uma ideia de Brasil na Europa. Para tanto, a análise de sua trajetória, de sua formação e de seus círculos sociais, que lhe auxiliaram em sua missão patriótica, se mostraram metodologicamente necessários. Ao viver e participar da transição entre o princípio da nacionalidade e da ideia nacional, Santa-Anna Nery representou esses intelectuais pequeno-burgueses que transformaram o patriotismo em nacionalismo quando forneceram à consciência nacional, encarnado na língua, na religião, no folclore, na raça, no território, os critérios da definição de nacionalidade. Auxiliando, e muito, na divulgação e consolidação da latinização da nação e do território brasileiro. Por fim, defende-se que o esquecimento deste autor por parte da historiografia brasileira republicana deve-se ao fato de ele ter tido estreitas relações tanto com a antiga monarquia, quanto com a Igreja Católica; além de seu suposto envolvimento com o chamado jacobinismo, durante o governo de Prudente de Moraes. A sondagem feita na vida e obra do autor pode contribuir para tirar uma espécie de véu do período que envolve o apagar do Império e o despertar da República no Brasil