Efeitos de 12 semanas de treinamento intermitente de alta intensidade sobre as concentrações intramusculares de carnosina

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Painelli, Vitor de Salles
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/39/39132/tde-30112017-111317/
Resumo: INTRODUÇÃO: A carnosina é um dipeptídeo com capacidade tamponante presente no músculo esquelético, que pode ser obtido pela ingestão de carnes. Estudos transversais relatam que atletas engajados em exercícios de alta intensidade possuem um maior conteúdo de carnosina muscular (CarnM) comparados a destreinados, sugerindo que o treinamento pode modular a CarnM, apesar da ausência de estudos longitudinais. OBJETIVO: Investigar os efeitos do treinamento intermitente (TI) de alta intensidade sobre a CarnM e seus genes associados. MÉTODOS: Vinte homens saudáveis e vegetarianos (eliminando a influência da dieta) foram pareados pelo consumo máximo de oxigênio (VO2máx), e aleatoriamente designados a um grupo Controle (C, N=10) ou Treinado (T, N=10). O grupo T realizou TI em cicloergômetro 3 dias por semana durante 12 semanas, com progressão do volume (6-12 séries) e intensidade (140-170% do limiar de lactato [LL]). O grupo C manteve a rotina habitual. Antes e após a intervenção, biópsias musculares foram realizadas para a determinação da CarnM, da expressão de genes relacionados à CarnM e da capacidade tamponante muscular in vitro (&#946;&#924;invitro). Foram realizados teste de Wingate e VO2máx para a avaliação do trabalho total (TT), do VO2máx, dos limiares ventilatórios (LV) e do LL. Foi conduzido o Modelo Misto para análise dos dados. RESULTADOS: Um efeito de interação foi observado para CarnM (F = 4.72; P=0.04), com aumentos significantes para o grupo T (Pré: 15.8±5.7 e Pós: 20.6±5.3 mmoL/kg músculo seco; +36.0%, P=0.01) e nenhuma alteração no grupo C (Pré: 14.3±5.3 e Pós: 15.0±4.9 mmoL/Kg músculo seco; +6.3%, P=0.99). Houve melhora no TT, LV, LL, VO2máx e &#946;&#924;invitro no grupo T (todos P<0.05), mas sem mudanças no grupo C (P>0.05). Não houve alteração na expressão gênica das enzimas e transportadores avaliados nos grupos T ou C. CONCLUSÃO: Este estudo sugere que o TI pode aumentar a CarnM, sem alterar os seus genes. Tal aumento, associado ao da &#946;&#924;invitro, pode ajudar a explicar o potente efeito deste tipo de treino sobre a aptidão física e cardiorrespiratória