Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Francisco, Felipe Benjamin |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8159/tde-29102019-180034/
|
Resumo: |
Esta tese apresenta uma descrição linguística do dialeto árabe da cidade de Essaouira, conhecida no passado como Mogador, situada no sul do Marrocos. Localizada na fronteira linguística dos territórios Chiadma (árabe) e Haha (berbere), Essaouira foi ignorada pela dialetologia do árabe, pois acreditava-se que sua população muçulmana seria berbere (Heath, 2002), de modo que chegou até nós apenas um estudo do dialeto dos muçulmanos (Socin, 1893), ao passo que todos os outros se dedicaram ao dialeto judeu da cidade (Lévy, 1994, 2009; Heath, 2002; Chetrit, 2012). A fim de preencher essa lacuna, realizou-se a documentação linguística das variedades de muçulmanos e judeus por meio da aplicação de questionário dialetológico e registro de conversação livre (Behnstedt, 1995; Caubet 2001; Behnstedt e Woidich, 2013) e, em seguida, apresentamos um estudo linguístico abrangendo fonética e fonologia, morfologia verbal e morfologia nominal do dialeto. Constatou-se que o dialeto urbano de Essaouira consiste numa variedade de tipo beduíno hilaliano ou central (Colin, 1945; 1986), mas com traços beduínos saarianos e também pré-hilalianos citadinos, o que poderia ser explicado pela história da formação da população da cidade. O dialeto de Essaouira também revelou muitos traços linguísticos em comum com variedades do sudeste do Marrocos. |