Atendimento familiar no Primeiro Episódio Psicótico: percepções dos pacientes e seus familiares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Oliveira, Karina Paitach de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-19032019-191146/
Resumo: A fase inicial dos transtornos psicóticos tem recebido atenção crescente nas últimas décadas, principalmente por tratar-se de um momento de grandes mudanças e perturbações para os indivíduos acometidos e seus familiares. Entre as ferramentas disponíveis para garantir um melhor prognóstico dos indivíduos que vivenciam a fase inicial da psicose destaca-se a intervenção precoce que engloba medidas desenvolvidas com o indivíduo e seus familiares. Para efetivação das propostas de intervenção direcionadas a essa clientela é fundamental o desenvolvimento de estudos de avaliação. Desse modo, o presente estudo tem como objetivo compreender o atendimento familiar individual e o grupo de ação multifamiliar desenvolvidos no Ambulatório de Primeiro Episódio Psicótico (APEP) na perspectiva dos familiares e pacientes. Estudo de abordagem qualitativa a luz do referencial teórico do paradigma da complexidade de Edgar Morin. Participaram do estudo oito díades, pacientes em seguimento no ambulatório de Primeiro Episódio Psicótico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo (APEP/HC-FMRP-USP) e seus familiares que participam de atividades propostas para eles no serviço. Para coleta dos dados foram utilizadas as seguintes questões norteadoras: Você tem tido oportunidade de discutir o que te interessa ou incomoda durante os grupos/atendimentos? Você tem alguma sugestão do que seria interessante conversar e faltou nos grupos/atendimentos? Para você se sentir melhor existe mais alguma coisa que você gostaria de saber? Os dados foram submetidos à análise temática proposta por Braun & Clark. A análise possibilitou a construção de três categorias temáticas e subcategorias: 1) intervenções aos familiares como troca de experiência; 2) envolvimento com as intervenções familiares e 3) reconhecimento do conteúdo abordado nas intervenções familiares. Os resultados reforçam a importância da oferta de intervenções que envolvam pacientes na fase inicial da psicose e seus familiares