Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Ilges, Michelle Cirne |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8134/tde-13102016-145332/
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Resumo: |
Este trabalho é resultado de uma pesquisa realizada sobre a produção contemporânea de ciências sociais feita pelos intelectuais africanos, tendo como universo de estudo e ponto de partida a agência do Conselho para o Desenvolvimento da Pesquisa em Ciências Sociais em África CODESRIA uma instituição de caráter pan-africano fundada em 1973 com sede em Dakar, no Senegal. A tese parte da compreensão das motivações de fundação do CODESRIA e de seu modo de organização para em seguida refletir sobre as condições sociais de produção desse conhecimento, com enfoque especial na publicação, distribuição e acesso a essa produção. A observação realizada na 14ª Assembleia Geral do CODESRIA, evento de caráter científico e também administrativo, no qual são eleitos o seu corpo dirigente, é exposta neste trabalho. Os saberes endógenos do continente africano são alvo das reflexões dos cientistas sociais do continente, na busca pela construção de um paradigma africano nas ciências sociais. A tese discute essas reflexões e as possibilidades de construção de um conhecimento novo e/ou próprio do continente africano, tendo como base os pressupostos e métodos acadêmicos ocidentais. Neste campo, o confronto com o imaginário redutor construído pelo Ocidente sobre o continente africano é irrecusável. Examina-se, ainda, o modo como as cientistas sociais africanas desenvolvem o seu trabalho acrescentando novas perspectivas para as teorias feministas. O paradigma do desenvolvimento é outro tema crucial nas discussões dos cientistas sociais africanos e é abordado neste trabalho, a partir de um olhar sobre as controvérsias existentes entre o modo de produção capitalista e o que é próprio das formações sociais africanas. Este trabalho apresenta também uma discussão sobre a obra e os temas relacionados a dois autores em especial. O primeiro deles é Archie Mafeje, antropólogo negro sul-africano que foi nome importante nos debates desenvolvidos no CODESRIA até sua morte, em 1997. Mafeje realiza uma dura crítica à antropologia e seus pressupostos colonialistas, através do que ele denominou de ideologia do tribalismo. Examina-se como a antropologia beneficiou-se como disciplina dos conhecimentos adquiridos no continente africano, e acrescentam-se novos olhares para pensar a questão da identidade social e da etnicidade no continente africano. Por fim, aborda-se a produção e a trajetória de Achille Mbembe, cientista político dos Camarões que é um dos nomes contemporâneos de maior repercussão entre os cientistas sociais africanos. Achille Mbembe foi secretário executivo do CODESRIA, um posto crucial no direcionamento da instituição, e sua passagem pelo Conselho suscitou controvérsias de caráter administrativo, mas especialmente de posições teóricas, com parte considerável da comunidade de cientistas sociais que compõem o CODESRIA. |