Sístoles e Diástoles: a figuração do trágico na poesia de Alberto da Cunha Melo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Fernandes, Rafael Cristofer George Tahan
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8149/tde-26052022-130417/
Resumo: O seguinte trabalho, dividido em três movimentos, busca elucidar algumas das muitas facetas da obra do poeta pernambucano Alberto da Cunha Melo (1942 2007) através de análise estética e teórico-crítica desenvolvidas, inicialmente, a partir das bases do pensamento pré-filosófico de Heráclito, seguida da discussão romântica acerca do trágico e do sublime, segundo a perspectiva teórica de Goethe, Hölderlin e Schiller e Nietzsche, alcançando, posteriormente, a teoria crítica da escola de Frankfurt, sobretudo o pensamento de Horkheimer. Inicialmente, situamos a origem sócio-histórica do autor levando em conta a sua participação como membro-fundador no fenômeno cultural, Geração 65, e, sobretudo, a discussão teórica que inclui uma proposta de distinção nas definições de geração para movimento. Em seguida, adentrando a dimensão estética da obra, delimitamos o seu projeto literário segundo a unidade designada como Círculo Cósmico, ao mesmo tempo em que pretendemos desenvolver considerações acerca de aspectos relevantes da obra, em conformidade com a fortuna crítica, com especial destaque para o uso dos procedimentos enantiológicos, definidores de uma estilística da dissonância, a vocação aforística dos seus versos e o alcance crítico de sua obra, cuja origem demonstra ser inequivocamente social. Por último, o terceiro movimento tenciona ampliar o entendimento sobre a cosmovisão lírico-trágica, estruturante da poesia albertiana, por meio da análise e interpretação detidas do último livro de seu projeto, isto é, o longo poema narrativo Yacala (1999), discussão ancorada na teoria moderna do trágico