Poema, metáfora e metapoesia : uma leitura de Alberto da Cunha Melo à luz da contingencialidade

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: MELO, André Luiz Silveira da Cunha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/52237
Resumo: Tenho por objetivo fazer a leitura e análise de poemas de Alberto da Cunha Melo, buscando compreender sua visão sobre a poesia, o uso da linguagem e o papel do poeta na contemporaneidade. Inicialmente, são discutidas questões do modernismo e do pós- modernismo, e os efeitos de uma contemporaneidade cada vez mais contingencial na literatura e na filosofia, argumentando-se que a literatura pode oferecer uma abordagem alternativa às complexas questões normalmente tratadas pela filosofia tradicional. Parte-se do pressuposto de que os poemas de Alberto formam uma unidade metafórica que adquire força devido a certa tipicidade formal e articulação temática, permitindo reflexões sobre sua produção, a natureza do próprio poema e a metáfora em questão, o que demonstra um uso engenhoso da palavra. Portanto, é necessário considerar a metáfora não apenas como uma figura de linguagem, mas como um processo de construção do conhecimento e de aprofundamento investigativo e reflexivo. Para embasar essa noção de metáfora, são utilizadas as discussões de Ernesto Grassi (1993; 1978; 2001), Maria Zambrano (2000; 2007), Ortega y Gasset (1964; 1996; 1968; 1989) e Richard Rorty (1995; 2000), bem como contribuições de críticos e pensadores como Paul Ricoeur (2005) e Umberto Eco (2004), que abordaram a questão da metáfora e da interpretação. Por meio da análise dos poemas selecionados de "Poemas à mão livre" (1981), "Oração pelo poema" (1969) e "Yacala" (1999), é possível demonstrar como a poesia de Alberto da Cunha Melo era consciente de si mesma e de sua profundidade temática, apresentando um potencial engenhosamente e astuciosamente explorado pelo poeta, mesmo que se preocupasse, em primeiro lugar, com a forma do poema.