Estudos morfológicos e investigação da presença de bactérias e protozoários em ácaros (Trombidiformes), parasitos de répteis e anfíbios, no estado de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Roldan, Jairo Alfonso Mendoza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10134/tde-30092015-104635/
Resumo: O Brasil é um país megadiverso em herpetofauna, e do total da diversidade brasileira, aproximadamente 30% das espécies de répteis e 27% das espécies de anfíbios ocorrem no estado de São Paulo. A grande urbanização e o desmatamento acentuado têm ocasionado o aumento de encontros entre a herpetofauna e a população da capital e das outras cidades do estado. Esse fato faz com que algumas espécies, antes florestais, sejam atualmente consideradas sinántropicas. Répteis e anfíbios são amplificadores e reservatórios conhecidos de vários patógenos, mas o papel destes animais no ciclo de doenças e o potencial vetorial dos ácaros ectoparasitas desses vertebrados são ainda pouco conhecidos. Répteis e anfíbios são parasitados por ácaros da ordem Trombidiformes, pertencentes a 5 famílias (Cloacaridae, Pterygosomatidae, Harpirhynchidae, Trombiculidae e Leeuwenhoekiidae). Com exeção de Cloacaridae, as outras ocorrem na América do Sul. Dessa forma, a situação fragmentária dos registros de Trombidiformes no estado de São Paulo, sua complexidade taxonômica e a escassês de informações sobre sua participação na epidemiologia de doenças, foram os principais motivos que levaram à proposição do presente estudo. Os ácaros Trombidiformes de répteis e anfíbios, que estão depositados na coleção acarológica de Instituto Butantan (IBSP) foram revisados e alguns identificados. Igualmente, aqueles ácaros obtidos na recepção de animais do Instituto Butantan e de coletas em campo foram também identificados. Parte do material foi preparada para estudos moleculares e inferência filogenética, usando genes ribossomais e mitrocondriais, e parte foi investigada para a presença de Rickettsia spp., Coxiella spp. e Hepatozoon spp. As seguintes espécies de ácaros foram identificadas, Geckobia hemidactyli, Ophioptes parkeri, O. brevipilis, O. longipilis, Eutrombicula alfreddugesi, Fonsecia ewingi, Hannemania hepatica, H. minor e H. yungicola. Foi descrita uma espécie nova de Ophioptes, sendo a primeira deste gênero parasitando viperídeos. Todos os registros de hospedeiro são novos, assim como, algumas localidades são novos registros de ocorrência para as espécies G. hemidactyli, H. minor e H. yungicola. Foi proposta uma filogenia utilizando-se o gene 18S V4 rRNA da ordem Trombidiformes. As sequências obtidas foram analisadas juntamente com aquelas depositadas no GenBank. Não foi detectada a presença de patógenos nos ácaros e nem nos hospedeiros investigados