Relações empíricas entre o operante verbal autoclítico e o comportamento não verbal: efeitos da história de reforçamento de tatos puros e tatos distorcidos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Athayde Neto, Celso Apparecido
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-31012023-115121/
Resumo: A explicação dos fenômenos comportamentais segundo o modelo de seleção por consequências proposto por Skinner (1981) recai na história de relação que o organismo tem com seu ambiente. Em relação ao comportamento verbal, a construção laboratorial de variáveis históricas representa um desafio no entendimento do controle desse comportamento. Apesar disso, alguns estudos têm demonstrado os efeitos do autoclítico qualificador sobre o comportamento não verbal do próprio falante. O presente estudo se insere na busca das variáveis históricas que podem moderar os efeitos do autoclítico sobre o comportamento não verbal. O objetivo do presente estudo foi investigar os efeitos que o treino de tato puro e tato distorcido tem sobre a alteração da frequência de leitura quando precedida de reforçamento para o comportamento verbal com autoclítico qualificador positivo sobre leitura. Participaram do estudo 10 crianças de oito a 12 anos que foram distribuídas igualmente nos grupos Grupo Tato Puro e Grupo Tato Distorcido. Os participantes foram expostos as fases Linha de Base, Treino de Tato, Treino de Autoclítico e Teste. Durante a Linha de Base os participantes poderiam utilizar três de seis aplicativos disponibilizados em um tablet cuja tela era monitorada por espelhamento na sala ao lado da sala de coleta de dados. Sempre havia cinco aplicativos de jogos e um aplicativo de leitura. As sessões de Linha de Base foram intercaladas com sessões de Treino de Tato, nas quais o experimentador entrou na sala, desligou o tablet e questionou o participante sobre a utilização de cada aplicativo disponível. Para os participantes do Grupo Tato Puro, a descrição correspondente com a utilização dos aplicativos teve como consequência estrelas trocadas por itens preferidos enquanto os participantes do Grupo Tato Distorcido receberam estrelas quando suas descrições não correspondiam com a utilização dos aplicativos. Quando o participante atingiu o critério de treino de tato puro e tato distorcido no Treino de Tato, iniciou-se o Treino de Autoclítico que consistiu em uma conversa sobre leitura em que autoclíticos com qualificador positivo para leitura teve como consequência elogios por parte do experimentador. Por fim, durante a realização do Teste houve novamente exposição do participante ao tablet nas mesmas condições da sessão de Linha de Base. O Treino de Autoclítico e o Teste foram realizados de maneira igual para todos os participantes e ocorreram em uma única sessão. Os resultados indicaram uma considerável utilização do aplicativo de leitura para os participantes do Grupo Tato Puro durante a Linha de Base, e, apesar disso, houve aumento na escolha do aplicativo de leitura para todos os participantes do Grupo Tato Puro. O aumento na utilização do aplicativo de leitura foi notado apenas para um participante do Grupo Tato Distorcido. Na sessão de Treino de Autoclítico, os participantes emitiram de três a nove descrições verbais que qualificaram positivamente a leitura sem diferença significativa entre os grupos. Na conclusão se discute em que medida esses dados podem confirmar que a história de reforçamento de tato puro ou tato distorcido influenciam nos efeitos que o autoclítico qualificador sobre leitura tem no comportamento de ler