Agenciamentos TDAH: tramas entre modos de pensar e de existir

• Ano de defesa: 2024
• Autor(a) principal: Silva, André Felix Marques da
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
• Palavras-chave em Português: ADHD; Agenciamentos; Assemblages; Deleuze and Guattari; Deleuze e Guattari; Filosofia da educação; Imanência; Immanence; Philosophy of education; TDAH
• Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/48/48135/tde-30102024-100614/

Esta pesquisa tem como objetivo cartografar a circulação do transtorno do déficit de atenção/ hiperatividade (TDAH) na contemporaneidade. A investigação parte de um primeiro quadro problemático, a saber, a profusão dos diagnósticos de TDAH e o crescente consumo de medicamentos neuroestimulantes para seu tratamento. A partir desse ponto, seguem-se os vestígios dos movimentos do transtorno. Os materiais preliminarmente explorados indicam um importante debate sobre o TDAH em curso. De um lado, estão as vozes que afirmam a cientificidade do transtorno; de outro, aquelas que denunciam um processo de patologização dos comportamentos humanos, complementado pela medicalização dos corpos. Constata-se ainda que essa discussão tem como característica central a operação de um modo de pensamento transcendente, manifestado pela busca pela verdade, pelo endereçamento dicotômico ao assunto e pela crença numa visão unitária do que é o humano. Por outra via, este estudo pretende perspectivar o TDAH por meio de uma investigação filosófica, de orientação pós-metafísica, cuja principal companhia de pensamento são os filósofos Gilles Deleuze e Félix Guattari. Deles são tomados por empréstimo procedimentos e conceitos que possibilitam visualizar movimentos, acoplamentos, contágios, fluxos e operações que escapam ao escopo da mirada realizada pelos saberes envolvidos naquela contenda. Não faz parte dos objetivos deste estudo analisar a veracidade dos discursos produzidos. De outra maneira, aposta-se que é possível contar outras histórias ligadas ao TDAH a partir do deslizamento de um modo de pensamento transcendente para um modo de pensamento imanente. Essa operação será também objeto das conversações realizadas.