Sclerotinia sclerotiorum em sementes de soja: sobrevivência, efeito na germinação, tamanho de amostra para análise e eficiência in vitro de fungicidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Camargo, Meyriele Pires de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-04022014-135355/
Resumo: O fungo Sclerotinia sclerotiorum, agente causal do mofo branco, encontra-se disseminado em todo o país e afeta mais de 400 espécies de plantas, dentre elas a cultura da soja, causando danos consideráveis no rendimento. A transmissão do patógeno ocorre por meio de sementes contendo micélio dormente ou pela presença de escleródios no lote, os quais podem permanecer viáveis por um longo período, dificultando o manejo da doença. Este trabalho teve como objetivos verificar a viabilidade do patógeno em sementes durante o armazenamento e seu efeito sobre o poder germinativo; comparar tamanhos de amostras de sementes visando à detecção do fungo; e avaliar a sensibilidade in vitro de S. sclerotiorum a fungicidas. Para avaliação da sobrevivência do patógeno, sementes de soja foram inoculadas, artificialmente, com três isolados de S. sclerotiorum, e armazenadas em duas condições, câmara fria e seca (20 ºC e 45% UR) e ambiente não controlado, durante oito meses. A cada dois meses foram realizados testes de sanidade pelo meio de cultura ágar-bromofenol (Neon), utilizando-se 4 repetições de 100 sementes, e testes de germinação, com 4 repetições de 50 sementes, pelo método do rolo de papel. No experimento de amostragem foram avaliadas dez amostras de sementes de soja pelo método do meio Neon, comparando-se quatro tamanhos de amostra: 400, 800, 1600 e 2400 sementes. Para avaliação da sensibilidade in vitro de S. sclerotiorum a fungicidas, foram utilizados 13 ingredientes ativos, em 7 doses e 5 repetições. Os valores da concentração inibitória de 50% (CI50) e 100% (CI100) foram estimados com base na percentagem de inibição do crescimento micelial. Além disso, realizaram-se a quantificação e pesagem dos escleródios formados após 15 dias de incubação. A presença do patógeno S. sclerotiorum, afetou negativamente a germinação das sementes, com redução média de 32% em relação à testemunha. Verificou-se diferença entre os isolados com relação à agressividade. O patógeno sobreviveu nas sementes em ambos os ambientes de armazenamento, porém, em ambiente controlado a redução na geminação das sementes foi de 14% e na incidência do fungo de 16%, enquanto que, em laboratório, esta redução foi de 23% na germinação e de 62% na incidência. Não houve diferença estatística com relação à quantidade de sementes amostradas na detecção de S. sclerotiorum, entretanto, constatou-se maior frequência de ocorrência do patógeno à medida que o número de sementes amostrado foi maior. Todos os fungicidas foram capazes de reduzir o crescimento micelial de S. sclerotiorum, bem como a produção de escleródios, sendo que os ingredientes ativos piraclostrobina, carbendazim, tiabendazol e tiofanato metílico, além de apresentarem CI50 inferior a 1 mg L-1, também inibiram totalmente a formação de escleródios em concentrações inferiores a 5 mg L-1.