O estresse entre enfermeiros que atuam em unidade de terapia intensiva

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Preto, Vivian Aline
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22131/tde-27052008-143138/
Resumo: A palavra estresse tem sido muito utilizada, sendo associada a sensações de desconforto em diversas situações, dependendo do ponto de vista de cada um. O estresse está relacionado à enfermagem principalmente pelo fato do enfermeiro trabalhar com pessoas doentes, em sofrimento físico e psíquico, que requerem grande demanda de atenção, compreensão e empatia. Lidando com as referidas pessoas e com as diversas situações, os sentimentos que desenvolve podem levá-lo a estados de irritação, desapontamento, e, até mesmo, à depressão. O trabalho na enfermagem, por si só, constitui-se em fonte de estresse decorrente do sofrimento dos pacientes, principalmente dentro de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde os mesmos necessitam de cuidados diretos e intensivos e estão sujeitos a mudanças súbitas no estado geral. Devido à importância do tema, este estudo, seguindo uma metodologia quanti - qualitativa, objetivou caracterizar os enfermeiros que desenvolvem suas atividades em UTI, verificar como associam o estresse a suas atividades, e, também, verificar a presença de estresse entre eles. Para tal, participaram do estudo 21 enfermeiros de UTIs de 5 hospitais do interior do Estado de São Paulo, que responderam a um roteiro de perguntas direcionadas a sua caracterização, um questionário com 2 perguntas sobre estresse e o Inventário do Estresse em Enfermeiros. Os resultados mostraram que a maioria dos participantes é do sexo feminino, na faixa etária dos 24 aos 50 anos, casados, com tempo de formação entre 1 e 16 anos e com curso de especialização. A falta de recursos humanos e materiais, o relacionamento interpessoal entre a equipe, o excesso de atividades e a rotatividade de leitos, foram alguns dos aspectos que os enfermeiros relataram relacionados à presença de estresse associados as suas atividades e que se manifestaram através de sintomas físicos e psíquicos. Dos enfermeiros pesquisados, 57,1% consideraram a UTI um local estressante e 23,8% deles apresentaram um escore elevado indicando a presença de estresse, o que leva a consideração de que este estudo evidenciou o fato de que o estresse, mesmo sendo discutido desde longa data, acomete, de certa forma, esses profissionais, e, as instituições, ainda não oferecem atenção especial aos seus profissionais no sentido de promover sua saúde integral.