Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Roberto, Rayssa de Carvalho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41131/tde-07102024-192107/
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Resumo: |
A síndrome de Marfan (SMF) é uma doença autossômica dominante e altamente penetrante, causada por variantes patogênicas no gene FBN1, que codifica a proteína fibrilina-1, o maior componente estrutural da matriz extracelular, que fornece suporte estrutural ao tecido conjuntivo e elasticidade quando combinada com outras proteínas. A SMF tem uma prevalência aproximada de 1 em 5000 indivíduos, e 25% dos casos resultam de variantes de novo. As principais manifestações são ectopia lentis (deslocamento da lente ocular), aneurisma e dissecção aórtica, anormalidades esqueléticas caracterizadas por crescimento excessivo dos ossos longos, cifose e escoliose. Manifestações pulmonares também são observadas e podem ser influenciadas por outras manifestações, como as esqueléticas. Adicionalmente, a SMF exibe uma marcante variabilidade clínica intra e interfamiliar, sugerindo o envolvimento de genes modificadores e outros mecanismos como responsáveis por essa variação. O modelo animal mgΔ suploxPneosup, com uma variante dominante negativa no gene Fbn1, estabelecido em camundongos da linhagem 129/Sv heterozigotos e isogênicos, apresenta as manifestações oculares, cardiovasculares, pulmonares e esqueléticas, além da variabilidade clínica observada em paciente com SMF. Devido a essas diferenças fenotípicas entre os camundongos heterozigotos e isogênicos da linhagem 129/Sv, sugere-se que alterações epigenéticas possam contribuir para a variabilidade clínica observada na doença. O objetivo deste trabalho foi utilizar este modelo animal para entender a influência da metilação do DNA na expressão gênica, que por consequência poderiam estar modulando a gravidade dos fenótipos relacionados à doença. Foram utilizados dados de RNAseq e de metiloma gerados a partir do material genético extraído do pulmão de 11 animais com fenótipos leves e graves, para realizar uma análise comparativa entre esses dois grupos. As comparações resultaram em diversos genes potencialmente envolvidos na modulação dos fenótipos, incluindo genes envolvidos na produção de colágeno e na organização e degradação da matriz extracelular. Relações entre os resultados de expressão e metilação foram estabelecidas, identificando genes cuja expressão possa estar sendo controlada por marcas de metilação, e com potencial para modular os fenótipos da SMF. |