Fontes de nitrôgenio, níveis de forragem e métodos de processamento de milho em rações para tourinhos da raça Nelore terminados em confinamento

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Carareto, Rafaela
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-24052011-101403/
Resumo: Foram realizados 2 experimentos no Departamento de Zootecnia da ESALQ/USP com o intuito de se avaliar o desempenho de tourinhos Nelore em confinamento. No experimento 1 foi avaliada a substituição da uréia (U) convencional por farelo de soja (FS) ou uréia de liberação lenta (ULL) (Optigen®) em rações de bovinos em terminação. Foram utilizados 100 tourinhos da raça Nelore (389 kg), distribuídos em 20 baias por 90 dias. As rações continham 8% de feno de Tifton (% da MS) e 65 a 69% de polpa cítrica no concentrado. Os 5 tratamentos experimentais foram assim designados (%MS): FS - ração com 5% de farelo de soja + 0,9% de uréia; U - ração com 1,7% de uréia; ULL 0,5 - ração com 0,5% de uréia de liberação lenta + 1,2% de uréia; ULL 1,0 - ração com 1,0% de uréia de liberação lenta + 0,8% de uréia; ULL1,5 - ração com 1,5% de uréia de liberação lenta + 0,3% de uréia. A ingestão de MS, o ganho de peso diário, a eficiência alimentar, o rendimento de carcaça, a espessura de gordura subcutânea e a área de olho de lombo não foram afetados pelas fontes de N testadas (P>0,05). Em conclusão, o desempenho de tourinhos Nelore em terminação alimentados com rações ricas em polpa cítrica, não é melhorado com a substituição da uréia convencional por farelo de soja ou uréia de liberação lenta na ração. No experimento 2 foram utilizados 192 animais (403 kg), distribuídos em 32 baias por 99 dias com objetivo de comparar rações contendo milho duro moído fino (M), laminado (L), ensilado (SGU) ou floculado (F), com 2 níveis de inclusão de bagaço de cana-deaçúcar: 12 ou 20% da MS da ração. Não houve interação entre processamentos do grão de milho e os níveis de forragem para nenhum parâmetro avaliado (P>0,05). A IMS foi maior (P<0,05) para o tratamento L comparado como os demais. O GPD foi maior (P<0,05) para os tratamentos F e SGU e a EA foi maior (P<0,05) para os tratamentos F, SGU e M comparados com L e para o tratamento F comparado com M. O rendimento de carcaça (RC) foi maior (P<0,05) para os tratamentos F e M. Os maiores valores (P<0,05) de energia líquida de manutenção e de ganho de peso das rações foram obtidos com os tratamentos F e SGU. A digestibilidade total do amido (DTA) foi maior nas rações contendo milho floculado, intermediária com milho moído fino e com milho ensilado e menor com milho laminado (P<0,05). A IMS foi menor (P<0,05) para os tratamentos contendo rações com 12% bagaço de cana-de-açúcar na MS da ração. O GPD, a EA, e o RC foram maiores nos animais dos tratamentos com 12% de bagaço de cana-de-açúcar na MS da ração (P<0,05). Os valores de energia líquida de manutenção e de ganho de peso das rações foram superiores (P<0,05) para os tratamentos com 12% de bagaço de cana-de-açúcar na MS. A DTA não foi alterada (P<0,05) em função do nível de inclusão do bagaço de cana-de-açúcar nas rações. Com base nos resultados conclui-se que o milho floculado e ensilado úmido são superiores, o milho moído é intermediário e o laminado inferior como fontes energéticas para tourinhos Nelore em terminação. Rações com 12% de bagaço de cana-de-açúcar contêm maior densidade energética e permitem melhor desempenho de tourinhos Nelore na fase de terminação comparadas com rações contendo 20% de bagaço de cana-de-açúcar.