Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Marques, Ana Lucia Marinho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5137/tde-11032020-110156/
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Resumo: |
Introdução: O uso de drogas tem sido considerado um problema social nas sociedades contemporâneas, que demanda a formulação de estratégias de enfrentamento intersetoriais. Objetivos: Esta pesquisa tem como objetivo descrever e analisar o contexto de formulação e gestão de políticas públicas de cuidado dirigidas a usuários de álcool e outras drogas no âmbito do município de São Paulo/SP, no período de 2001 a 2019, desde a perspectiva teóricometodológica da Interseccionalidade. Especificamente, trata-se de identificar, descrever e analisar acontecimentos, contextos e atores que podem estar envolvidos na formulação das políticas municipais de cuidado a usuários de álcool e outras drogas e analisar se (e quais) determinadas diferenças, desde a persectiva de Avtar Brah, foram visibilizadas na proposição das políticas nesse campo. Referenciais teóricos e metodologia: A pesquisa foi orientada pela perspectiva teórico-conceitual da interseccionalidade dos marcadores sociais da diferença e da metodologia qualitativa, utilizando-se de análise documental e entrevistas semi estruturadas com 13 informantes chave. O material empírico foi analisado a partir da análise temática de conteúdo e da perspectiva da interseccionalidade, a partir das contribuições teóricas da categoria diferença. Resultados e discussão: O processo de formulação das políticas de cuidado dirigidas a pessoas que usam álcool e outras drogas é permeado por um campo de disputas na produção de discursos, saberes e práticas, refletindo em impermanências e descontinuidades dos progrmas e ações propostos, de acordo com interesses e concepções políticas sobre o problema. Os resultados também apontam diferenças marcadas por gênero, raça-cor e posição que ocupam no tecido social, reforçando estigmas e seus diferentes impactos nas relações sociais. O trabalho contribui para o debate sobre a necessidade de formulação de diferentes abordagens voltadas às necessidades e demandas específicas de populações ou categorias de classificação social no tocante à política de drogas. Tratando-se de temática pouco explorada, espera-se com este estudo trazer contribuições para o campo da saúde coletiva e das políticas públicas, promovendo a reflexão em torno a necessidade de complexificar discursos e produzir práticas mais alinhadas com a compreensão de saúde que não visa a cura, o tratamento ou o controle de determinados grupos sociais, mas sim a garantia dos direitos, da cidadania e da defesa e afirmação da vida |