Abertura, tecnologia e desigualdade salarial na indústria brasileira: a dinâmica da demanda por qualificação

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Giovannetti, Bruno Cara
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12138/tde-30112006-155330/
Resumo: O objetivo dessa dissertação é investigar a dinâmica da demanda relativa por qualificação na indústria brasileira durante o período que se inicia em 1990 e vai até 2002. A partir de evidências de que a demanda relativa por qualificação se deslocou no período em questão, produzindo assim efeitos no sentido do aumento da desigualdade salarial na indústria em favor dos trabalhadores qualificados, o presente trabalho busca explicar tal movimento através da hipótese de choques tecnológicos enviesados para a qualificação. Para isso, são utilizadas como proxies para progresso técnico medidas relacionadas diretamente à abertura econômica, como tarifas, e medidas de tecnologia ao nível das firmas, como participação de bens intermediários importados, investimento em P&D, registro de patentes e características de inovação das firmas, como o fato de a empresa atuar ou não no mercado externo e inovar ou não em produtos ou em processos. Como proxy para qualificação do trabalhador, duas variáveis são utilizadas durante o trabalho, quais sejam, educação e ocupação. Os resultados apresentam fortes indícios de que ao menos parte dos movimentos da demanda relativa por qualificação, ocorridos nos últimos quinze anos, deveu-se a choques tecnológicos. Além disso, para o período que vai de 1990 a 1998, são reunidas evidências de que tais choques tecnológicos aumentaram, de fato, a produtividade relativa dos trabalhadores qualificados. Já para o período seguinte, que vai até 2002, os resultados relativos à produtividade são pouco conclusivos.