Camundongos knockout para a thimet oligopeptidase alteram a composição de peptídeos intracelulares no tecido adiposo, melhorando a obesidade e doenças associadas à obesidade.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Gewehr, Mayara Calegaro Ferrari
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-30092020-132451/
Resumo: A obesidade representa um grande problema de saúde pública visto sua elevada prevalência e aumento do risco para o desenvolvimento de outras doenças como cardiopatias, diabetes mellitus, e diversos cânceres. O aumento constante da população obesa e com sobrepeso cria necessidades de inovação terapêutica, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. No presente trabalho, camundongos C57BL6 knockout para a thimet oligopeptidase (THOP1-/-) mostraram resistência a obesidade e doenças associadas. Os camundongos THOP1-/- alimentados com uma dieta hiperlipídica (DH) ganharam apenas 25% (as fêmeas ganharam 60%) do peso ganho pelos camundongos controles selvagens (WT) no mesmo período de 24 semanas. Distintivamente dos camundongos WT, os animais THOP1-/- alimentados com DH não exibiram alteração da glicemia e não desenvolveram resistência à insulina. Além disso, os camundongos THOP1-/- apresentaram níveis regulares de colesterol no sangue, redução de gordura nos tecidos adiposo e hepático, aumento da lipólise após estímulo adrenérgico no tecido adiposo, e maior resistência em testes de corrida de alta intensidade em esteira. Os camundongos THOP1-/- , comparados aos WT, apresentaram alterações na expressão de genes e microRNAs específicos relacionados à obesidade e nos níveis relativos de peptídeos intracelulares no tecido adiposo inguinal quando comparados com os animais WT. Alguns desses peptídeos foram sintetizados e apresentaram capacidade de regular a expressão de genes e microRNAs associados à obesidade em adipócitos 3T3L1. Em conjunto, os resultados deste trabalho sugerem que os peptídeos intracelulares são importantes moduladores de parâmetros relacionados a obesidade. Além disso, indicam uma conexão da degradação proteassomal de proteínas à expressão gênica. Logo, a THOP1 e os peptídeos intracelulares podem representar novos alvos terapêuticos para o controle da obesidade e doenças associadas.