Deleção da oligopeptidase thop1 regride quadro de esteatohepatite severa em camundongos: possível interação entre peptídeos e microRNAs.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Bruna de Araujo Cardoso dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-14102021-114056/
Resumo: A doença hepática gordurosa não alcoólica (DHGNA) compreende um espectro de doenças que vai desde a presença de esteatose hepática (acúmulo de gordura no parênquima hepático sem inflamação) na ausência do consumo excessivo de álcool até a esteatohepatite, caracterizada pela esteatose junto à hipertrofia do hepatócito e inflamação lobular, podendo progredir, a longo prazo, para fibrose, cirrose e carcinoma hepatocelular. Camundongos knockout para a enzima thimet-oligopeptidase (THOP-/-) se mostram resistentes à indução da obesidade e DHGNA por dieta hiperlipídica, e apresentam alteração na expressão de microRNAs previamente associados à DHGNA. Com o intuito de clarificar como a deleção da THOP1 protege o animal de desenvolver esteatohepatite e como esse mecanismo pode estar associado aos microRNAS, utilizamos animais C57Bl/6 wild type e THOP-/- alimentados com dieta controle ou deficiente em colina e hiperlipídica, que mimetiza melhor a evolução da doença, por 8, 15 e 24 semanas. Após o tempo de experimentação, os animais foram eutanasiados e o fígado foi recolhido para análise da histologia hepática e das vias metabólicas através da expressão gênica por qPCR. Os resultados obtidos indicam que, a longo prazo, o genótipo THOP-/- promove um fenótipo resistente a obesidade, esteatohepatite e fibrose. Essa melhora do fenótipo está relacionada à diminuição do miR-34a e das vias metabólicas e inflamatórias que envolvem Pparg, Ucp2, Tnfa, IL-6, IL-10, IL-17, Tgfb, a-sma, Col1a1 e Timp1. A diminuição dessas vias parece estar relacionada com o acúmulo de VDPVNFK, ao longo do tempo, que pode modular a expressão do miR-34a, assim inibindo a ação deste microRNA e permitindo que as vias de sinalização funcionem para diminuir o acúmulo lipídico e suas consequências.