Identificação de epítopos antigênicos do parasita Schistosoma mansoni alvejados pela resposta imune de macacos rhesus (Macaca mulatta) auto curados e resistentes à reinfecção utilizando uma biblioteca de Phage display contendo sequências de DNA sintéticas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Santos, Daisy Woellner
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/46/46131/tde-15102024-092729/
Resumo: A esquistossomose, causada por parasitas do gênero Schistosoma, é uma Doença Tropical Negligenciada (DTN) amplamente disseminada em todo o mundo. Atualmente, a única abordagem terapêutica e profilática disponível é o Praziquantel; porém, sua eficácia é limitada, e a resistência a esse medicamento tem sido observada. Além disso, os esforços para desenvolver uma vacina contra a esquistossomose têm sido frustrados ao longo das últimas décadas. O presente trabalho visou identificar novos alvos vacinais eficazes contra a doença. Para isso, o estudo se baseia em duas estratégias principais. Primeiro, foi explorado o processo de auto cura e resistência ao desafio de macacos rhesus infectados por S. mansoni com o objetivo de compreender a base imunológica envolvida nesses processos. A segunda estratégia avaliou antígenos reconhecidos por anticorpos gerados em macacos rhesus durante a auto cura e após o desafio através da construção e screening de uma biblioteca de phage display contendo 119.747 sequências de DNA sintéticas nos insertos dos fagos, que codificam peptídeos de 58-mer, cobrindo todos os segmentos de 58-aminoácidos de todas as ~12.000 proteínas conhecidas do parasita. Os antígenos de 58-mer significativamente reconhecidos pelos anticorpos de macacos rhesus foram avaliados em relação aos períodos da infecção e resistência ao desafio em que eles foram detectados, e em relação à localização subcelular e aos órgãos de expressão das suas respectivas proteínas. Peptídeos de 58-mer contidos em sete proteínas expressas no trato digestivo do parasita foram identificados como alvos vacinais promissores e testados em um teste vacinal piloto. A estratégia de imunização piloto conferiu proteção parcial em camundongos. As informações obtidas a partir das duas estratégias permitiu a compreensão da resposta imune de macacos rhesus ao S. mansoni e a identificação de candidatos a alvos vacinais.