Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Kawakami, Camila Martins |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-27102021-113955/
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Resumo: |
Atualmente, sabe-se que a aplicação regular de filtros solares constitui umas das principais medidas na prevenção dos danos induzidos pela radiação ultravioleta (UV). No entanto, o uso de associações fotoinstáveis pode reduzir a eficácia fotoprotetora e levar à formação de intermediários reativos, os quais podem apresentar potencial em causar fotoirritação, fotoalergia e fotogenotoxicidade na pele. Além disso, tem-se observado uma tendência na adição de substâncias antioxidantes aos filtros solares convencionais, a fim de prevenir os danos oxidativos mediados pelas espécies reativas do oxigênio (EROs), sendo que a quercetina (QT) é uma opção interessante. No entanto, sua limitada absorção cutânea pode levar à falta de eficácia como agente fotoprotetor, o que leva a necessidade da utilização de sistemas de liberação, a fim de melhorar sua penetração na pele. Portanto, este trabalho teve como objetivo avaliar a segurança e eficácia de formulações fotoprotetoras associadas a carreadores lipídicos nanoestruturados contendo quercetina (CLN-QT) em cultura celular, em modelo de pele humana reconstituída e em humanos. Primeiramente, quatro formulações fotoprotetoras (F1, F2, F3 e F4), contendo diferentes associações dos filtros solares dietilamino hidroxibenzoil hexil benzoato (DHHB), metoxicinamato de etilexila (MTX), avobenzona (AVO) e bemotrizinol (BMTZ), foram submetidas aos estudos de fotoestabilidade, fotorreatividade, geração de EROs (por meio da sonda DCFH2-DA), fototoxicidade em cultura de fibroblastos 3T3 e fotogenotoxicidade, por meio do ensaio do cometa. Uma vez que a associação A2 (contendo DHHB e MTX) apresentou melhores resultados quanto à fotoestabilidade e fotorreatividade em relação às associações A1 (contendo MTX, AVO) e A3 (contendo MTX, AVO e 3% BMTZ) ela foi associada aos CLN-QT e estudos posteriores foram realizados. Além disso, a associação A2 não aumentou os níveis de EROs intracelular após irradiação UVA e também não foi considerada fototóxica. No presente estudo foi observado que a inclusão de ensaios biológicos complementares ao estudo de fotoestabilidade forneceu informações mais relevantes e completas em relação ao ensaio de fotodegradação realizado de forma isolada para a seleção da associação mais adequada. Além disso, houve correlação entre a produção de EROs intracelular e fotorreatividade, portanto, sugerimos a inclusão desse ensaio na estratégia de avaliação da fotoestabilidade. Os resultados do estudo de avaliação da segurança e eficácia dos CLN-QT associados aos filtros solares demonstraram que os mesmos não apresentaram citotoxicidade em queratinócitos humanos primários e não foram considerados fototóxicos no modelo de pele humana reconstituída. Além disso, os CLN-QT associados aos filtros solares, apesar de não terem alterado o FPS (fator de proteção solar) em humanos (proteção contra eritema), reduziram significativamente a geração de EROs intracelular induzidos pela irradiação UVA (cerca de 30%) em relação aos filtros solares isolados e desta forma, complementaram a eficácia dos fotoprotetores. |