Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Trabanco, Júlio César Gonçalves |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5170/tde-09122019-111716/
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: A exposição ao ruído em intensidade elevada pode causar danos ao sistema auditivo periférico e central. Da mesma forma, a utilização de diversos produtos químicos, com potencial ototóxico, pode causar prejuízos auditivos ou deflagrar efeitos neurotóxicos. Desta forma, é importante que os efeitos destes otoagressores sejam avaliados, uma vez que a prática clínica ocupacional somente inclui a audiometria convencional. OBJETIVOS: Avaliar os efeitos da exposição ao ruído ou a químicos sobre a audição periférica, habilidade do processamento auditivo e efeito inibitório da via auditiva eferente de trabalhadores expostos a produtos químicos ou a ruído intenso, comparando os grupos entre si e com trabalhadores que não possuem exposição a nenhum destes agentes. MÉTODOS: Participaram da pesquisa, 54 trabalhadores normo-ouvintes, sendo 28 mulheres e 26 homens, com idades entre 30 e 54 anos, divididos igualmente em três grupos: Grupo Químicos (expostos a químicos), Grupo Ruído (expostos a ruído) e Grupo Controle (sem exposição a químicos ou a ruído). Foram realizados os seguintes procedimentos: meatoscopia, imitanciometria, audiometria tonal por via aérea convencional e de altas frequências, logoaudiometria, pesquisa das emissões otoacústicas evocadas por estímulo transiente e por produto de distorção, bem como, do efeito inibitório da via auditiva eferente e Teste SSW para avaliação da habilidade auditiva de figura-fundo para sons verbais. Foram realizadas análises descritivas dos dados, bem como testes de hipótese (testes qui-quadrado, ANOVA e Kruskal-Wallis). RESULTADOS: Não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos quanto ao sexo ou idade. Para a audiometria convencional e de altas frequências, não houve diferenças estatisticamente significantes entre os grupos quanto aos limiares auditivos. Quanto às emissões otoacústicas por produto de distorção, nas frequências de 4004 e 5042 Hz, foi observado efeito de grupo com significância estatística, com amplitudes menores para o grupo Ruído. Na análise de presença e ausência das emissões produto de distorção, (5042 Hz), o grupo Ruído mostrou maior ocorrência de resultados ausentes. Para a análise da amplitude global das emissões otoacústicas transientes, para ambas as orelhas, o grupo Ruído apresentou amplitudes mais baixas, com diferença estatisticamente significante para a orelha esquerda. Analisando a presença ou ausência das emissões otoacústicas transientes, verificou-se que o grupo Ruído apresentou um número mais elevado de emissões ausentes, seguido pelo grupo Químicos, com diferença estatisticamente significante para a orelha esquerda e tendência à significância estatística para a orelha direita. Em relação ao efeito inibitório do sistema eferente, não houve diferença estatisticamente significante entre os grupos em relação à intensidade ou à porcentagem deste efeito. Na análise qualitativa, observou-se que 100% dos indivíduos do grupo Controle apresentaram presença deste efeito, enquanto 80% do grupo Químicos, e, 84,6% do grupo Ruído, apresentaram este efeito. Para o SSW, não houve diferenças entre os grupos. CONCLUSÃO: Com base nos resultados obtidos no presente estudo, pode-se sugerir que a exposição ao ruído ou a químicos produziu efeitos deletérios sobre a audição periférica, bem como, para a via auditiva eferente de trabalhadores expostos a produtos químicos ou a ruído intenso, apesar dos limiares auditivos dentro da normalidade para a audiometria convencional |