Sistema de amostragem do solo e avaliação da disponibilidade de fósforo na fase de implantação do plantio direto.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Silva, Maria Ligia de Souza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-24022003-170829/
Resumo: Nos últimos anos, o aumento progressivo de áreas cultivadas no sistema plantio direto no Brasil, tem gerado incremento na demanda de informações sobre a variabilidade dos índices de fertilidade do solo utilizados nas recomendações de calagem e adubação. A utilização de adubação fosfatada em linha, pode gerar dois padrões de concentração de fósforo, um na linha e outro na entrelinha, bem como gradiente vertical de fertilidade do solo em sistema de plantio direto, diferenciado do sistema convencional. Deste modo, a amostragem deve ser realizada de modo adequado e representativo à esta situação. O presente trabalho teve por objetivo avaliar diferentes formas de amostragem do solo, em termos de localizações e profundidade e, a disponibilidade de fósforo em função de doses de P2O5 em área total (fosfatagem) e de P2O5 aplicados no sulco, em um solo argiloso na fase de implantação do plantio direto. O trabalho foi desenvolvido em área experimental pertencente a Fundação MS, localizada no município de Maracajú - MS, utilizando como cultura a soja, com preparo inicial no sistema convencional e os sucessivos em sistema de plantio direto. O delineamento experimental utilizado foi o de blocos ao acaso com parcelas subdivididas em esquema fatorial 3x5, utilizando-se de três doses para fosfatagem (0, 100 e 200 kg ha -1 de P2O5) e cinco doses de P2O5 no sulco de plantio (0, 45, 90, 135 e 180 kg ha -1 de P2O5), com quatro repetições. Nos anos agrícolas de 2000/2001 e 2001/2002, foram realizados coletas de amostras nas linhas de plantio, nas entrelinhas e tipo mistura (linha e entrelinha na proporção de 1:1), nas profundidades de 0-10, 10-20 e 0-20 cm. No ano agrícola de 2001/2002, foi realizada também amostragem em trincheira (de uma entrelinha à outra, com a linha de plantio centralizada na faixa de coleta). O solo foi analisado quimicamente quanto aos teores de fósforo por dois métodos de extração (resina e Mehlich-1), matéria orgânica, potássio, pH, saturação por bases, CTC e soma de bases. Foram também analisados a produção de soja e os teores de fósforo na planta. Verificou-se que amostragem do solo realizadas nas linhas e amostragem do tipo mistura (linhas e entrelinha) apresentaram maiores teores de fósforo no solo, sendo mais eficientes na quantificação dos teores de fósforo no solo em função da aplicação das doses em fosfatagem e no sulco de plantio. Com a aplicação de P2O5 em área total e em sulco de plantio, os teores de fósforo no solo, principalmente nas profundidades de 0-10 cm e 0-20cm, aumentaram de forma linear. Os teores de fósforo no solo, extraídos pela resina trocadora de íons, em amostras coletadas nas linhas de plantio e as tipo mistura, nas profundidades 0-10 e 0-20 cm, apresentaram melhor correlação (positiva e significativa) com os teores de fósforo na planta, obtidos pela técnica da diagnose foliar, e com a produção de grãos de soja, em relação ao método de extração Mehlich-1.