Resposta do solo e das culturas agrícolas à adubação em sistemas integrados de produção agropecuária em terras baixas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Denardin, Luiz Gustavo de Oliveira
Orientador(a): Anghinoni, Ibanor
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Palavras-chave em Inglês:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/10183/233176
Resumo: Os sistemas integrados de produção agropecuária (SIPA) aparecem como alternativa de grande potencial para promover a sustentabilidade técnica, econômica, social e ambiental das terras baixas brasileiras. Além de melhorar a fertilidade do solo, são sistemas capazes de aumentar a eficiência de uso dos nutrientes, garantindo altas produtividades de cultivos de grãos. No entanto, ainda é pouco conhecida a resposta do solo e dos cultivos agrícolas à adubação com os principais macronutrientes (nitrogênio – N, fósforo – P e potássio – K) em diferentes arranjos de SIPA em terras baixas. Nesse contexto, o objetivo desta pesquisa foi verificar o impacto da adubação com N, P e K, no rendimento do arroz irrigado e da soja, na abundância e na composição da comunidade microbiana e no seu efeito sobre a disponibilidade de N no solo, em diferentes arranjos de SIPA em terras baixas no subtrópico brasileiro. Para isso, utilizou-se um experimento iniciado em 2013, localizado na Planície Costeira Interna do Rio Grande do Sul (RS). Dois SIPA foram avaliados em comparação com o sistema de cultivo tradicional do RS, baseado no revolvimento do solo, monocultivo de arroz e pousio hibernal. Os SIPA foram caracterizados pelo cultivo de azevém no inverno em pastejo e monocultivo do arroz ou rotação soja-arroz no verão, sob plantio direto. Nas safras agrícolas 2015/2016, 2017/2018 e 2018/2019, verificou-se que, sob SIPA, o arroz irrigado e a soja não respondem à adubação fosfatada e potássica no seu cultivo, podendo a adubação de reposição desses nutrientes ser transferida para a fase pastagem do SIPA, potencializando ganhos de forragem e ganho animal. E Em contrapartida, avaliações realizadas na safra 2018/2019 demonstraram que a adubação mineral com P e K tem uma importância fundamental no solo sob cultivo de arroz irrigado em SIPA, aumentando grupos microbianos específicos, levando a um acréscimo no conteúdo de carbono (C) e N na biomassa microbiana, no entanto sem afetar o rendimento de grãos de arroz. Por sua vez, o N é um nutriente limitante para obtenção de altas produtividades de arroz, independentemente do sistema de produção. Apesar disso, foi possível identificar uma maior eficiência do uso do N pelo arroz sob SIPA. Um possível ‘efeito priming’ encontrado nos SIPA enfatiza a importância da adubação nitrogenada, não apenas atuando diretamente na nutrição do arroz, mas também indiretamente atuando como um catalisador, aumentando a atividade microbiana e a disponibilidade de N imobilizado na biomassa microbiana.