Desenvolvimento e caracterização de uma formulação probiótica contendo Veillonella atypica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Fernandes, Julia Cristina
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/97/97140/tde-19072023-124810/
Resumo: A procura por alimentos funcionais tem sustentado a descoberta de novas cepas microbianas que apresentem propriedades probióticas, destacando-se Veillonella atypica ATCC 17744 como cepa promissora. Desta forma, este trabalho, a princípio, teve como objetivo o desenvolvimento e caracterização de uma formulação probiótica contendo a referida cepa, direcionada para atletas. Porém a avaliação sensorial da formulação objeto deste estudo não foi aprovada pelo Comitê de Ética, devido à escassez de comprovações científicas que garantissem o seu consumo seguro, o que resultou na reprogramação das atividades. Desta forma, procedeu-se a caracterização in vitro da referida cepa com vistas a estudar características relativas à segurança, bem como propriedades funcionais, como tolerância ao estresse (pH, sais biliares e simulação do trato gastrointestinal), capacidade de adesão (hidrofobicidade, auto-agregação e formação de biofilme), atividade antipatogênica, atividade antioxidante, resistência à antibióticos, síntese de gelatinase, lipase, catalase, e atividade hemolítica. Os resultados de tolerância ao estresse evidenciaram que a cepa em estudo é sensível ao pH em valores inferiores a 4,00, porém não se observou redução da viabilidade celular em pH 3,00 na presença de pepsina bem como na presença de 0,3 e 0,6% de sais biliares. Quanto ao teste de hidrofobicidade, esta cepa apresentou média tolerância ao tolueno e baixa ao xileno. No tocante à síntese de biofilme observou-se a formação de um biofilme fraco após 48 horas de incubação. Verificou-se também que esta cepa não apresentou propriedade antipatogênica contra Streptococcus aureus e Escherichia coli, assim como apresentou baixa atividade antioxidante pelo método DPPH. Em relação aos testes de segurança, a referida cepa apresentou sensibilidade aos antibióticos testados e em relação a síntese de enzimas, demonstrou ser incapaz de sintetizar gelatinase, lipase, beta-hemólise e catalase. Concluise que os resultados do presente trabalho são satisfatórios e que novos estudos são necessários para garantir a utilização segura desta formulação.