Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Lordello, Virginia Barreto |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183098
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Resumo: |
Os microrganismos probióticos associados a produtos alimentícios já são amplamente utilizados para a manutenção da saúde e redução do risco de certas doenças. Nesse contexto, diversos estudos mostram que cepas probióticas específicas têm grande potencial de manutenção e melhora da saúde oral, apresentando atividade anticariogênica, redução da halitose e prevenção de infecções oportunistas, como a candidose, frequentemente presente em indivíduos imunocomprometidos. Essas condições patogênicas apresentadas estão relacionadas à formação e estabelecimento de biofilmes na cavidade oral. As infecções provenientes de biofilmes são duradouras, altamente resistentes à farmacoterapia e de difícil eliminação. Dessa forma, o objetivo do presente estudo foi obter filmes orodispersíveis (ODF) contendo cepa probiótica Enterococcus faecium CRL 183, avaliando sua capacidade de inibir a formação e/ou maturação de biofilme de Candida albicans in vitro. Essa cepa foi selecionada devido as suas características de cultivo, informações disponíveis sobre efeito probiótico, segurança e caráter inovador, pois não há na literatura informações sobre a atividade antifúngica dessa cepa na cavidade oral. A segurança da cepa probiótica foi avaliada através do teste susceptibilidade a antimicrobianos. Para testar a capacidade de inibição de biofilmes de C. albicans in vitro foram formados biofilmes polimicrobianos (C. albicans + E. faecium), em diferentes proporções de fungo: probiótico (1:1; 1:10; 1:100), a serem avaliados durante os períodos de formação (24 horas) e maturação (48 horas) do biofilme. A cepa probiótica foi incorporada em um filme orodispersível (ODF) para avaliar sua resistência durante o processamento e armazenamento e efeito inibitório contra os biofilmes de C. albicans. Os resultados evidenciaram que o microrganismo E. faecium CRL 183 foi capaz de se estabelecer em um biofilme polimicrobiano com C. albicans ATCC 90028 sem perder sua viabilidade celular, ao passo que antagonizou significativamente a formação (até 99,9% de redução em 24 horas) e maturação (até 99% de redução em 48 horas) do biofilme de C. albicans. Os filmes orodispersíveis com e sem probióticos (PF e CF, respectivamente) apresentaram aspecto e textura uniformes, pH neutro, baixa atividade de água e não apresentaram contaminação por bolores, leveduras ou coliformes totais durante o armazenamento. O probiótico resistiu à produção do ODF, apresentando viabilidade elevada (> 9 log10 UFC/g), até 90 dias de armazenamento à temperatura ambiente. A incorporação do probiótico na matriz polimérica do ODF não alterou significativamente as propriedades mecânicas, o tempo de desintegração in vitro, o intumescimento, a atividade de água e a mucoadesividade em relação a CF. Entretanto o probiótico aumentou o parâmetro de cor amarelo (+b*), o teor residual de umidade, a espessura e a permeabilidade ao vapor d’água dos filmes. O filme probiótico (PF) foi capaz de reduzir em 68,99% (0,52 log) a formação e em 91,24% (1,15 log) a maturação do biofilme de C. albicans em comparação aos biofilmes estimulados com o filme orodispersível controle (CF). Dessa forma, conclui-se que os filmes orodispersíveis são uma forma eficiente de veicular o probiótico E. faecium CRL 183, com potencial de prevenir o estabelecimento de infecções causadas por C. albicans na cavidade oral. |