Fatores associados à polimedicação no transtorno do espectro autista

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Losapio, Mirella Fiuza
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17148/tde-08022021-145142/
Resumo: O Transtorno do Espectro Autista cursa com déficits de interação e comunicação social e comportamentos e interesses restritos e estereotipados. Além destes sintomas centrais podem ocorrer comportamentos disruptivos e diagnósticos comórbidos. Polimedicação é o comportamento médico de prescrição de mais de um medicamento para determinado paciente, que neste estudo foi definido como uso de dois ou mais medicamentos. Devido à hetereogeneidade clínica, frequentemente pacientes com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista são polimedicados. O objetivo deste trabalho foi verificar e avaliar a ocorrência de polimedicação psiquiátrica em pacientes portadores de Transtorno do Espectro Autista. Foram avaliadas 62 crianças e adolescentes, com idade entre 3 e 17 anos, que estavam em tratamento ambulatorial no Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto. Os pais foram entrevistados e as crianças avaliadas com os instrumentos ABC, CARS, CGI-S. Também foi avaliada qualidade de vida dos cuidadores, com a escala WHOQOL-bref. A frequência de polimedicação na amostra foi de 33,86%. A classe medicamentosa mais prescrita foi antipsicóticos, com predomínio de risperidona. Fatores do paciente associados à polimedicação foram presença de sintomas externalizantes, idade, comorbidade com TDAH, tiques e epilepsia e gravidade do TEA. Fatores ambientais, incluindo qualidade de vida do cuidador e disponibilidade de terapias multidisciplinares, não tiveram associação com polimedicação.