Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Sousa, Luiz Guimarães |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-09052016-124356/
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Resumo: |
Ao assumir o controle de Moçambique após uma década de luta armada contra Portugal em 1974, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) enxergava a experiência durante o combate (especialmente a organização e administração das chamadas zonas libertadas) como um guia para o governo. As questões relativas ao ideal de formação nacional moçambicana pós-independência se fundamentavam em uma perspectiva de modernização não só política, mas também social e cultural. No entanto, tal visão de nação não foi inconteste fora ou mesmo dentro das estruturas frelimistas. As fraturas, disputas e dissonâncias na configuração e construção de identidade(s) em Moçambique após a independência emergiram ao espaço público nos anos subsequentes, e são o ponto principal da dissertação. A partir da análise de periódicos de cultura moçambicanos, questiono se o projeto homogeneizante do Partido FRELIMO era de fato hegemônico, não só entre as populações rurais, como frequentemente argumentado, mas mesmo dentro das bases de sustentação urbanas. Tomados como fontes e como objetos da pesquisa, os periódicos de cultura, em especial a Gazeta de Artes e Letras, parte integrante da revista semanal Tempo, e a página Diálogo, presente no jornal Notícias da Beira, representam uma importante iniciativa dos intelectuais moçambicanos de tentar promover debates sobre múltiplos aspectos da construção nacional que se seguiu à revolução. Estes periódicos serviram, então, como tertúlias em um tempo de comícios, abrindo espaço para a vocalização de descontentamentos em relação aos rumos do modelo de país e cidadão propostos (ou impostos) pela FRELIMO. |