Nanopartículas de PLGA e PLGA peguilado com TPGS contendo docetaxel: avaliação in vitro do potencial para tratamento do câncer de próstata

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Livia de Queiróz Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/60/60137/tde-20092021-204517/
Resumo: No Brasil, o câncer de próstata é o segundo mais comum entre os homens (atrás apenas do câncer de pele não-melanoma). A taxa de mortalidade é em torno de 20% ficando atrás apenas do câncer de pulmão. O tratamento do câncer por via oral é uma abordagem atraente devido à sua natureza não invasiva e melhor adesão do paciente. No entanto, devido a baixa biodisponibilidade por via oral a maioria dos fármacos anticancerígenos não podem ser administrados por esta via. Por este motivo, a administração de quimioterápicos pela via parenteral pode ser vantajosa. Neste contexto, o desenvolvimento das nanopartículas oferecem numerosas vantagens, tais como, menor tamanho de partícula, maior estabilidade e maior efeito EPR (enhanced permeability and retention). Estes sistemas são capazes de se extravasar, se acumular passivamente em tumores sólidos, via efeito EPR, onde o endotélio capilar é defeituoso ao redor do tumor e assim são absorvidos sendo este o principal mecanismo de ação da nanopartícula. Além disso, a nanopartícula pode permitir a manutenção de níveis plasmáticos do fármaco, com a possibilidade de aumento do intervalo entre aplicação das doses. Estas características permitem a redução de efeitos colaterais sistêmicos do fármaco. Neste trabalho um sistema de liberação composto por polímeros biodegradáveis para carrear o quimioterápico docetaxel pela via parenteral foi estudado. As nanopartículas de PLGA e PLGA-PEG foram preparadas pela técnica de nanoprecipitação e a caracterização físico-química compreende análises de tamanho de partícula, polidispersividade, potencial zeta e eficiência de encapsulação de docetaxel, capacidade de carreamento, morfologia por microscopia eletrônica de transmissão, caracterização quanto a DSC, TGA, FTIR e as análises in vitro de uptake celular e de citotoxicidade realizadas em células de câncer de próstata. As nanopartículas preparadas segundo o planejamento fatorial apresentaram resultados de tamanho de partícula, em torno de 100nm, PDI em torno de 0,15 e potencial zeta maior em módulo que 30mV e negativo, considerados satisfatórios para a via parenteral. Os resultados de eficiência de encapsulação foram em torno de 80%. A avaliação da morfologia por microscopia eletrônica mostrou nanopartículas com formatos arredondados. A caracterização por DSC, TGA e FTIR não evidenciou interações moleculares entre a composição das nanopartículas que se mostraram estáveis no estudo de estabilidade coloidal e por último a avaliação do uptake realizados em células de câncer de próstata e os ensaios de citotoxicidade demonstraram, respectivamente que a nanopartícula é eficientemente internalizada e o sistema nanoestruturado com fármaco promove citotoxicidade com menores dosagens em relação ao fármaco livre.