Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
1982 |
Autor(a) principal: |
Monteiro, Afonso Celso |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11137/tde-20220207-170435/
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Resumo: |
O presente trabalho procurou estudar o acúmulo de proteína, durante o desenvolvimento do endosperma de oito progênies S2 de milho normal, quando submetidas a três diferentes densidades de plantio, quais sejam: 100.000, 75.000 e 50.000 plantas/ha. Os tipos de endosperma testados foram representados por sementes do Composto ESALQ-VF-1 (grupo Flint) e ESALQ-VD-2 (grupo Dentado), ambos de base genética ampla. Numa tentativa de se extrapolar as possíveis informações sobre o acúmulo proteica do milho, dentro de cada tipo de material, isolou-se, previamente, progênies de alto e baixo teores do aminoácido triptofano, no grão maduro de milho. Paralelamente a esta análise proteica, procedeu-se também ao estudo de como a matéria seca é acumulada nos grãos de milho, durante o ciclo da planta. Para tanto, obteve-se dados inerentes à peso de 20 grãos, peso de 20 endospermas, peso de 20 embriões e porcentagem de embrião no grão. Verificou-se, também, neste trabalho, como a síntese de triptofano interfere no acúmulo de matéria seca e proteína, durante o desenvolvimento do endosperma. Em termos de densidade de plantio, constatou-se que o stand de 100.000 plantas/ha, em virtude de proporcionar às plantas maior disponibilidade de nutrientes (uma vez que o tipo de adubação foi igual para todas as densidades de plantio), mostrou-se superior em 8%, para peso de 20 grãos, sobre a média das densidades de 75.000 e 50.000 plantas/ha. Nestes três tipos de densidade, observou-se, também, a superioridade do material dentado sobre o flint, uma vez que o Composto ESALQ-VD-2 mostrou-se superior em 26% ao Composto ESALQ-VF-1, para peso de 20 grãos (média das três densidades). Relacionando-se teor de triptofano, no grão maduro, e acúmulo de matéria seca, ressalta-se que no grupo flint, há uma correlação negativa entre peso de grãos e teor do aminoácido (no grão maduro), onde progênies pobres em triptofano acusaram uma superioridade, sobre as progênies de alto teor, da ordem de 5%. Para o grupo dentado, observou-se o inverso, onde progênies de alto triptofano mostraram-se superiores às suas análogas de baixo teor em 1%. Para o carácter porcentagem de embrião no grão, demonstrou-se que sob a densidade populacional de 100.000 plantas/ha, há um menor teor de embrião (22,730%), uma vez que para as densidades de 50.000 e 75.000 plantas/ha observou-se os valores de 26,830% e 24,860%, respectivamente, ressaltando-se, aqui, a idéia de que materiais portadores de maior percentual de embrião no grão, tornam-se mais leves, pelo fato de possuírem maiores teores de óleo. Em termos de acúmulo proteico, o stand de 50.000 plantas/ha mostrou uma superioridade de 1% sobre os demais, sendo que o grupo flint apresentou uma maior taxa de síntese proteica em relação ao grupo dentado (da ordem de 1,4%). No grupo flint, as progênies de baixo triptofano (grão maduro) mostraram uma superioridade sobre suas análogas de alto teor da ordem de 1,2%, enquanto que as progênies dentadas de alto teor em triptofano apresentaram-se 3,2% superiores às de baixo teor, realçando, assim, o fato que o milho dentado pode conciliar produção de grãos com qualidade de proteína. A época de máxima síntese proteica, para os dois grupos de milho em estudo, foi a de 14 DAP (dias após a polinização), onde obteve-se o valor médio de 35,40% contra o valor de 19,43% referente a 49 DAP, ressaltando-se, assim, o valor nutricional do milho verde. Para estas mesmas épocas, de 14 e 49 DAP, o grupo flint apresentou os seguintes valores, respectivamente: 35,80% e 20,87%, enquanto que o grupo dentado apontou o valor de 35,00% (14 DAP) e 18,00% (49 DAP). Em termos de qualidade de proteína (porcentagem de triptofano na proteína total), notou-se que o material flint acumulou menores teores de aminoácido (2,13%) do que o grupo dentado (2,18%), nas três densidades de plantio. A época de máxima síntese de triptofano, para os dois grupos de milho estudados, foi a de 21 DAP, com o valor médio de 4,28%, sendo que, a partir deste ponto, seguiu-se uma queda acentuada de síntese até atingir a maturação fisiológica. Com isto, explica-se que a razão da baixa concentração de triptofano na proteína total do milho se deve ao fato de que as quedas de síntese do aminoácido durante o desenvolvimento do endosperma do milho normal são bem maiores do que as quedas de síntese proteica durante o desenvolvimento deste tecido de reserva. Os trabalhos de campo e de laboratório desenvolvidos no presente trabalho foram conduzidos nas dependências do Instituto de Genética da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, na cidade de Piracicaba, São Paulo, Brasil. |