Diadococinesia oral e laríngea em crianças

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Modolo, Daniela Jovel
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
voz
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25143/tde-14062007-083440/
Resumo: A diadococinesia (DDC) é a habilidade para realizar repetições rápidas de padrões relativamente simples de contrações musculares opostas, utilizada para avaliar a maturação e a integração neuromotora. A DDC oral e laríngea, associada aos demais procedimentos de avaliação fonoaudiológica, é um importante recurso na compreensão das manifestações dos distúrbios da comunicação. A partir disso, objetivou-se estabelecer valores de referência quanto à normalidade em relação aos resultados da avaliação da DDC oral e laríngea nos diferentes gêneros e faixas etárias de crianças falantes do português brasileiro, bem como analisar a diferença entre os gêneros e faixas etárias. Participaram 150 crianças, distribuídas nas faixas de oito, nove e dez anos de idade. A DDC oral foi avaliada por meio da repetição de \"pa\", ta\", \"ca\" e \"pataca\" e a DDC laríngea, pela repetição de \"a\" e \"i\". Foram utilizados os programas Motor Speech Profile Advanced e Mult Speech Main Program, da Kay Elemetrics Corp. Os parâmetros da DDC foram apresentados como média, mediana e percentil para cada emissão. A comparação entre gênero e idade foi realizada por meio da Análise de Variância a dois critérios e do teste de Tuckey. Quanto à DDC oral, a análise estatística dos resultados demonstrou que, com o avanço da idade: houve aumento do número de emissões de monossílabas por segundo, redução do tempo médio entre essas emissões; houve aumento do coeficiente de variação do período durante a sílaba \"ca\" e aumento do coeficiente de variação do pico da intensidade para a sílaba \"ta\". O número de emissões por segundo da monossílaba \"ta\" foi maior para as meninas que para os meninos. Na emissão da trissílaba, o número de emissões por segundo foi diferente entre os gêneros e, considerando-se os subgrupos de idade e gênero, as meninas de oito anos apresentaram menor número de emissões que todos os demais subgrupos. Quanto à DDC laríngea, com o avanço da idade houve aumento do número de emissões por segundo e períodos mais curtos da vogal \"i\" para as meninas; menor valor do desvio padrão do período e da perturbação do período para essa mesma vogal. Conclui-se que foi possível estabelecer os valores de normalidade da DDC oral e laríngea para o grupo de crianças estudado e que houve diferenças quanto ao gênero e à idade, o que demonstra que o desenvolvimento da DDC oral e laríngea deve ser considerado na avaliação da comunicação oral de crianças.