Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Pires, Gleice Rafaela Renunza |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11135/tde-15092022-161553/
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Resumo: |
Os vírus transmitidos por Brevipalpus (VTB) vêm ganhando destaque nos últimos anos devido ao aumento de sua incidência e prejuízos ocasionados, em especial, o citrus leprosis virus C (CiLV-C), agente causal da leprose dos citros, virose de maior importância no Brasil atualmente. Outro VTB com grande potencial para ocasionar graves danos é o recém caracterizado, passion fruit green spot virus (PfGSV), responsável pela pinta verde do maracujazeiro. Ambos os VTBs mencionados pertencem ao gênero Cilevirus, família Kitaviridae, ordem Martellivirales e apresentam como principal característica o surgimento de lesões localizadas em seus hospedeiros, restritas ao ponto de alimentação do vetor, o ácaro Brevipalpus yothersi Baker (Acari: Tenuipalpidae). O primeiro relato de PfGSV ocorreu em 1997 no estado de São Paulo, quando ocasionou a destruição de pequenos pomares na região do munícipio de Vera Cruz, no entanto, até o momento pouco se sabe sobre este patossistema. O presente trabalho buscou obter maiores informações acerca da interação vírus-vetor para B. yothersi e PfGSV, além de estudar a gama de hospedeiros naturais e experimentais deste vírus, o que permitirá que medidas eficientes para o controle da doença possam ser tomadas, além de fornecer dados sobre sua possível origem, evolução e epidemiologia. Avaliou- se a possibilidade de transmissão mecânica de PfGSV, utilizando-se folhas sintomáticas de maracujá-amarelo (Passiflora edulis Sims f. flavicarpa Deg.) e alfeneiro (Ligustrum sinense Lour.) como fontes de inóculo. Foram avaliadas diferentes espécies de plantas, inoculadas com ácaros virulíferos ou mecanicamente, quanto à suscetibilidade ao vírus, além da análise de plantas naturalmente infectadas, visando a determinação da gama de hospedeiros de PfGSV. Procurou-se identificar, após uma triagem com diferentes leguminosas, uma planta indicadora, de fácil produção e rápido crescimento, para estudos futuros com PfGSV. A eficiência de transmissão de PfGSV foi estudada em diferentes populações do ácaro-vetor, bem como a possibilidade de co-transmissão de PfGSV e CiLV-C. Além disso, os períodos de acesso para aquisição (PAA) e de acesso à inoculação (PAI) para B. yothersi/PfGSV foram estabelecidos após diferentes tempos de alimentação do ácaro na fonte de inóculo e na planta indicadora utilizada. A presença dos vírus foi confirmada em todos os experimentos por ensaios de RT-PCR, além da análise dos tecidos sintomáticos em microscópio eletrônico de transmissão. Pode-se verificar que a transmissão mecânica de PfGSV é possível desde que se utilize folhas de maracujá como inóculo. PfGSV apresenta uma vasta gama de hospedeiros naturais e experimentais, tendo sido possível a confirmação de 31 espécies infectadas. Dentre as leguminosas, Dolichos lablab L. mostrou-se eficiente para uso como planta indicadora para estudos com este vírus, apresentando lesões locais necróticas nas nervuras cinco dias após a inoculação com ácaros virulíferos. Houve diferenças significativas quanto a transmissão de PfGSV pelas 11 populações de B. yothersi analisadas. A possibilidade de co-transmissão entre CiLV-C e PfGSV não foi confirmada, no entanto, uma das colônias isolinhas utilizadas apresentou capacidade de adquirir ambos os vírus. O PAA e PAI de PfGSV foram determinados como 1 e 12 horas, respectivamente. |