Microbiota da doença periodontal em pacientes infectados pelo HIV-1

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Peña, Diana Estefanía Ramos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58132/tde-11112022-174126/
Resumo: Os efeitos da infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV-1) e a introdução da terapia antirretro viral têm trazido mudanças na evolução da doença periodontal, não entanto estudos sobre a influência do HIV-1 na microbiota periodontal ainda são escassos. Foram analisadas amostras de pacientes incluídos em um estudo quase experimental com o objetivo de determinar o perfil microbiológico de pacientes com periodontite infectados e não infectado pelo HIV-1 submetidos a terapia periodontal não cirúrgica. Foram avaliados os perfis bacterianos de amostras de biofilme subgengival coletadas de sítios saudáveis e sítios com doença periodontal de pacientes com periodontite infectados (n=18) e não infectados (n=14) pelo HIV-1 que receberam terapia periodontal não cirúrgica (TPNC), utilizando a técnica de sequenciamento do gene 16S rRNA. As amostras foram coletadas em três tempos, baseline, 30 dias e 90 dias após o TPNC. Nas amostras do grupo HIV foram realizadas associações entre o perfil microbiano e contagens de linfócitos T CD4+ e níveis de carga viral. Os resultados indicaram que ambos os grupos apresentaram classificação da doença por estágio e grau semelhantes. Streptococcus, Fusobacterium, Veillonella e Prevotella foram os gêneros mais abundantes encontrados nas amostras de ambos os grupos. Bactérias relacionadas a doença periodontal foram observadas em níveis baixos em nossas amostras. Nos parâmetros imunológicos, a diversidade alfa e a abundância relativa sugeriram que o TPNC influenciou na reorganização do biofilme subgengival, conduzindo a microbiota a uma mais semelhante à dos pacientes não infectados pelo HIV-1. Nossos resultados sugerem a presença de dois tipos diferentes de microbiota nos pacientes periodontais do nosso estudo. Em base no anterior, podemos concluir que o TPNC alterou a microbiota de ambos os grupos, com maior impacto no grupo HIV, levando a uma diminuição da diversidade nos sítios doentes e saudáveis. No grupo controle, os sítios saudáveis mostraram diminuição na diversidade da microbiota, enquanto os sítios doentes experimentaram aumento.