Estudo de algumas características agronômicas de Panicum maximum (Jacq.) cvs. Tanzânia e Mombaça para estabelecer seu manejo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1997
Autor(a) principal: Santos, Patricia Menezes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11139/tde-20191108-111906/
Resumo: Nos últimos anos, têm sido lançados vários cultivares de Panicum maximum, porém pouco se sabe, ainda, a respeito de suas exigências quanto ao manejo. O presente trabalho teve por objetivo avaliar algumas características dos cultivares Tanzânia e Mombaça, submetidos a três intervalos entre pastejos ao longo de um ano. Os experimentos foram conduzido em área do Departamento de Zootecnia da ESALQ-USP (22°42'30"S e 47°38'30"W), no período de outubro de 1995 a outubro de 1996. O delineamento experimental foi de blocos completos ao acaso com parcelas subdivididas no tempo. Havia sete repetições para cada tratamento. Para cada cultivar, foi testado o efeito de três intervalos entre pastejos (28, 38 e 48 dias) e de sete períodos (14/11/1995 a 31/12/1995, 1/1/1996 a 17/2/1996, 18/2/1996 a 5/4/1996, 6/4/1996 a 23/5/1996, 24/5/1996 a 10/7/1996, 11/7/1996 a 27/8/1996 e 28/8/1996 a 14/9/1996). A análise de variância foi aplicada aos efeitos dos intervalos entre pastejos, dos períodos do ano e da interação entre os dois. As médias foram comparadas pelo teste “t”. O resíduo pós pastejo foi em média 2.300 kg/ha para o Mombaça e l.900 kg/ha para o Tanzânia. As adubações se repetiram sempre após a saída dos animais. Todas as parcelas receberam 400 kg/ha de nitrogênio na forma de uréia durante o verão, divididos em 6, 5 e 4 aplicações para 28, 38 e 48 dias de intervalo entre pastejos, respectivamente. Avaliaram-se as seguintes características: taxa de alongamento foliar, taxa de alongamento das hastes, taxa de senescência, número de folhas vivas por perfilho, comprimento total de folhas verdes por perfilho, comprimento das hastes, densidade populacional de perfilhos, altura do pasto e relação folha:haste da forragem. Essas informações permitiram determinar a taxa líquida de acúmulo de matéria seca, expressa como porcentagem da máxima taxa de acúmulo total. Os resultados do presente experimento indicam que o Mombaça deve ser pastejado com menos de 28 dias de intervalo no período de novembro a maio e com mais de 48 dias entre maio e setembro. Já o Tanzânia deve ser pastejado com menos de 38 dias entre novembro e abril, com menos de 28 durante a fase reprodutiva e com mais de 48 entre maio e setembro. A extensão dos períodos de descanso pode reduzir a eficiência do sistema, porém ainda continuará havendo acúmulo líquido de forragem. Esta verificação importa, sobretudo, aos sistemas de manejo menos intensivos, onde o controle do intervalo entre pastejos é menos rigoroso. São necessários mais estudos sobre a interação entre: altura das plantas na pastagem e perdas físicas de forragem; altura das hastes e comportamento de pastejo dos animais; relação folha:haste e valor alimentar da forragem, levando-se em consideração a pressão de pastejo e o resíduo pós-pastejo. O uso do filocrono no manejo de pastagens ainda apresenta muitas limitações, principalmente devido à variabilidade na população de perfilhos que constituem o pasto. Sugere-se determinar qual a categoria de perfilhos responsável pela maior parte da produção e basear o manejo no comportamento desta.