Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Santos, Rachel Cristina Rodrigues dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-04082016-185615/
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Resumo: |
Este estudo teve como objetivo avaliar a conduta do enfermeiro frente ao traumatismo de uretra ocasionado pela inserção do cateter uretral. Este estudo teve aprovação do Comitê de Ética em pesquisa da Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto - Parecer 466/12 e foi realizado em um Hospital Universitário em duas etapas: na primeira etapa, descritiva, foi efetuada consulta ao sistema eletrônico do hospital que trata de notificações sobre eventos adversos dos pacientes. Nessa etapa foi utilizado instrumento de perguntas objetivas elaborado pelo próprio pesquisador. Na segunda, quase-experimental pós teste, foram coletados os dados relacionados a autoconfiança de enfermeiros, que participaram de cenário simulado de baixa fidelidade. Nessa etapa para obtenção dos dados foi aplicado um questionário de caracterização dos sujeitos e instrumento já validado, de autoconfiança na Assistência de Enfermagem à Retenção Urinária (EAAERU), a qual encontra-se dividida em cinco fatores: 1) \"Intervenções realizadas durante o cateterismo urinário e/ou em situações iatrogênicas\", 2) \"Intervenções prévias ao cateterismo urinário\", 3) \"Intervenções realizadas após o cateterismo urinário\"; 4) \"Comunicação, consentimento e preparo dos materiais para realização do cateterismo urinário\", e 5) \"Avaliação objetiva da RU\" (retenção urinária). Os dados da primeira etapa foram analisados por estatística descritiva e os dados da segunda etapa foram codificados e digitados duplamente em planilhas do aplicativo Excel®, exportados e analisados no programa SPSS (Statistical Package for Social Science) ®, versão 22.0, como a escala original. Os resultados demonstram que na primeira fase do estudo entre as 5300 notificações do serviço, apenas 27 (1,96%) estavam relacionadas a problemas urinários. Entre essas, cinco diretamente ao cateterismo urinário. Na segunda fase do estudo, a amostra foi composta por 53 enfermeiros, entre os quais a maior parte era do sexo feminino, com idade média de 36 anos, menos de dez anos de formação. Entre eles a maioria cursava ou já haviam cursado pós-graduação. Segundo os entrevistados todos 53 (100,0%) já realizaram o cateterismo urinário e 46 (86,8%) já vivenciaram dificuldades no procedimento. A maioria já avaliou trauma uretral ocasionado pela passagem do cateter. A conduta tomada nessa circunstância foi comunicar o fato e solicitar avaliação de outro profissional (médico e/ou outro enfermeiro). Após atividade simulada de trauma uretral, na avaliação da autoconfiança, a EAAERU demonstrou boa confiabilidade na sua aplicação (? 0,966). Os menores escores encontrados na autoconfiança dos profissionais estiveram relacionados aos fatores 1) \"Intervenções realizadas durante o cateterismo urinário e/ou em situações iatrogênicas\" e 5) \"Avaliação objetiva da RU\". Observou-se ainda associação positiva entre a autoconfiança e a frequência de realização do cateterismo urinário. Conclui-se que os traumas de uretra são comuns na prática clínica, porém pouco notificados. Com relação à autoconfiança na introdução do cateterismo urinário em que ocorrem situações de trauma de uretra há dificuldade na tomada de decisão e na avaliação objetiva da RU. Uma vez que o cateterismo é de competência do enfermeiro, são necessários programas e instrumentos que capacitem os profissionais para tais situações |