mTORC1 é um importante mediador do aumento de adiponectina sérica e do metabolismo de BCAA no tecido adiposo induzido pela rosiglitazona.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Andrade, Maynara Lucca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42137/tde-18092019-161605/
Resumo: As tiazolidinedionas (TZDs), ligantes sintéticos dos receptores nucleares PPARγ, têm sido amplamente utilizadas no tratamento da resistência à insulina, dislipidemias e síndrome metabólica. Estas drogas melhoram a homeostase da glicose promovendo redistribuição de gordura dos estoques viscerais para o subcutâneos, aumento da secreção de adiponectina, redução da lipemia, lipotoxicidade e da inflamação do tecido adiposo. Um estudo recente mostrou que o tratamento de ratos com a TZD rosiglitazona (RSG) induz um aumento na atividade dos complexos 1 e 2 da mTOR, que desempenham função importante no controle do metabolismo lipídico, adiposidade e função endócrina do tecido adiposo. Assim, o presente estudo teve como objetivo central elucidar o envolvimento especificamente do complexo 1 da mTOR de adipócitos nas alterações morfológicas, metabólicas e secretórias do tecido adiposo branco e marrom induzidas pela ativação farmacológica de PPARγ em camundongos. Para isto, camundongos com deleção de raptor (mTORC1) exclusivamente em adipócitos alimentados com dieta hiperlipídica foram tratados ou não com RSG (30 mg/kg/dia) por 8 semanas. Nossos dados mostraram que tanto o mTORC1 quanto o agonista de PPARγ são importantes reguladores da adiposidade, onde observamos que a deleção genética de mTORC1 em adipócitos conteve o aumento de adiposidade. Além disso, RSG mostrou-se eficente em reduzir a massa dos depósitos viscerais retroperitoneal a epididimal sem alterar o depósito subcutâneo inguinal. RSG aumentou significativamente a massa do tecido adiposo marrom, efeito esse que foi completamente abolido pela deficiência do complexo 1 da mTOR. Deficiência de mTORC1 em adipócitos promoveu aumento no conteúdo de UCP1 (expressão gênica e proteica), efeito este que não foi alterado pelo tratamento com RSG. Outros efeitos de RSG mostraram-se dependentes de mTORC1 como o aumento de frequência de adipócitos de menor área, aumento dos níveis de adiponectina e redução dos níveis de BCAA séricos, além da expressão gênica de CD36 e PEPCK, lipídeos mitocondriais como a cardiolipina e fosfatidiletanolamina e mediadores lipídicos como as ceramidas de cadeia longa no tecido adiposo branco. Por outro lado encontramos efeitos de RSG independentes de mTORC1, como a redução nos níveis séricos de TAG, redução de expressão gênica de fatores inflamatórios, tais como IL1 e TNF, NLRP3, DUSP6, além de PGC1 e FAS, insulina plasmática, melhora na homeostase glicêmica. Concluímos assim que mTORC1 em adipócitos é importante mediador de ações de agonista de PPARγ.