Observações sobre a mucosa lingual em gambás-de-orelha-branca (Didelphis albiventris), empregando os métodos de microscopia de luz, microscopias eletrônicas de varredura e de transmissão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Schäfer, Bárbara Tavares
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10132/tde-17082018-145803/
Resumo: O Gambá-de-Orelha-Branca (Didelphis albiventris) é um marsupial que ocupa uma ampla variedade de habitats, desde florestas até áreas urbanas, em diversos biomas brasileiros e apresenta um importante papel na disseminação de sementes. O objetivo desta pesquisa é estudar a morfologia lingual desta espécie. As línguas foram coletadas de animais encontrados mortos em estradas no estado do Rio Grande do Sul ou ainda de cadáveres de animais oriundos do Núcleo de Reabilitação da Fauna Silvestre (NURFS/ UFPel). As amostras foram submetidas para processamento para as técnicas de microscopias de luz (ML) e eletrônicas de varredura (MEV) e transmissão (MET). Através da ML observamos o epitélio estratificado pavimentoso e o brotamento das papilas em fetos, o desenvolvimento das papilas linguais em animais infantis e as características das papilas totalmente desenvolvidas em adultos. Pelas colorações de Azan e Picrosirius observamos que o colágeno está localizado principalmente sob o epitélio. Através da MEV a análise da camada epitelial revelou três tipos de papilas filiformes com diferentes morfologias de acordo com a região. As papilas fungiformes estão dispersas pelo ápice e corpo linguais, e parcialmente cobertas por uma elevação de mucosa. Papilas circunvaladas são em número de 3 e formam um triângulo na raiz lingual. Papilas foliadas são pequenas e delgadas elevações no bordo caudolateral da língua, em número varíavel de 13-18 projeções. Os tecidos subepiteliais das papilas fungiformes, circunvaladas e foliadas apresentam uma superfície irregular com algumas depressões dorsalmente. Através da MET o estrato córneo demonstrou, para adultos e fetos, o processo de renovação epitelial através da liberação das células mais superficiais; na camada granular observamos tonofilamentos e grânulos de querato-hialina; a camada espinhosa se mostrou similar em ambas as idades e esteve marcada pela grande quantidade de desmossomos intercelulares. As características até então observadas na língua de D. albiventris são semelhantes às observadas em outras espécies de marsupiais. Os procedimentos experimentais foram aprovados pela Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA/FMVZ/USP).