Toxicidade dos aleloquímicos 2-tridecanona e 2-undecanona, presentes em Lycopersicon spp., sobre Helicoverpa zea (Boddie,1850) (Lep. Noctuidae)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1994
Autor(a) principal: Werckmeister, Ariane Paes de Barros
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11146/tde-20220207-192549/
Resumo: Os aleloquímicos 2-tridecanona (2-T) e 2-undecanona( 2-U) , presentes nos tricomas foliares do tomateiro selvagem Lycopersicon hirsutum f. glabratum (PI 134417), têm sido citados como fatores de resistência a diversas pragas do tomateiro, podendo ser incorporados nos materiais comerciais (L. esculentum) através de programas de melhoramento genético. Como as lagartas de H. zea alimentam-se, nos primeiros dias após a eclosão, quase exclusivamente de tecido foliar, estudou-se a sobrevivência de H. zea durante os primeiros três dias da fase larval em folhas de duas espécies de Lycopersicon (L. esculentum 'Santa Cruz Kada AG 373' e L. hirsutum f. glabratum linhagem PI 134417) e a biologia desse inseto após a manutenção das lagartas durante os primeiros quatro dias em dietas artificiais contendo diferentes concentrações de 2-T e 2-U. Verificou-se que a mortalidade durante os primeiros três dias da fase larval em PI 134417 foi cerca de 2 a 3 vezes maior que aquela constatada em L. esculentum. A viabilidade de H. zea, durante os primeiros quatro dias da fase larval, foi reduzida nas dietas artificiais contendo 2-T nas concentrações de 0,10, 0,20 e 0,40% e 2-U a 0,035 e 0,070%, assim como nas dietas contendo o 2-T associado ao 2-U nas concentrações de 0,20% de 2-T + 0,035% de 2-U e 0,40% de 2-T + 0,070% de 2-U. O 2-T fornecido a H. zea durante os primeiros quatro dias de sua fase larval reduziu a viabilidade total da fase larval nas concentrações de 0,20 e 0,40% assim como quando associado ao 2-U nas concentrações de 0,20% de 2-T + 0,035% de 2-U e 0,40% de 2-T + 0,070% de 2-U. O 2-U fornecido isoladamente a H. zea durante os primeiros quatro dias de sua fase larval à concentração de 0,070% provocou alongamento da fase larval e redução no peso das pupas. Quando presente na concentração de 0,035%, o 2-U reduziu a viabilidade pupal. Verificou-se também que o 2-T é tóxico a lagartas recém-eclodidas de H. zea, quando aplicado topicamente. A DL50 (dose letal) foi de 6,34 µg de 2-T por lagarta.