Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
Souza, Maria Luiza Zanatta de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16133/tde-06092011-112842/
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Resumo: |
A presente tese se propõe a fazer uma leitura mais acurada do manuscrito - Da Fabrica que falece a cidade de Lisboa (1571), de autoria do arquiteto iluminador Francisco de Holanda, inédito até meados do século XIX, quando foi descoberto pelo conde Athanasius Raczynski (1788-1874), na Biblioteca de Jesus em Lisboa, resgatando o artista-teórico do anonimato para ser devidamente reconhecido pela historiografia da arte e da arquitetura, como figura central para a compreensão dos novos valores estéticos propostos em Portugal no século XVI. Esta pesquisa enfoca particularmente a relação entre arquitetura e cidade presente no manuscrito que reúne, nas -lembranças, uma série de imagens destinadas a conferir um perfil monumental a Lisboa, cidade capital do reino e modelo para as principais colônias portuguesas. Nosso novo olhar sobre Da Fabrica que falece procura verificar a hipótese de que o manuscrito deva ser interpretado como um memorial de arquitetura aplicado à cidade, onde o arquiteto elabora imagens retóricas para promover a Renovatio urbis de Lisboa. Como - Rainha de um vasto império português a capital deveria ser transformada à imagem da magnificência da Roma Antiga e imperial, um topos que já vinha sendo reiterado nas principais cortes italianas entre os séculos XV e XVI e que nas palavras de Holanda assume um tom muito particular. Os ensaios destacam a importância assumida por Holanda, enquanto arquiteto conselheiro régio, que interpreta as aspirações artísticas e políticas conflitantes da corte de D. João III (1521-1557) e D. Sebastião (1568-1578). E em função das experiências vivenciadas na Itália, sobretudo em Roma, Florença e Veneza, através de levantamentos, do estudo da Antiguidade, da arquitetura Imperial e do contato mantido com artistas italianos ele propõe a renovação da cidade capital decalcada no modelo antigo. Nossa pesquisa começa com apresentação do manuscrito original (1571) e, na seqüência, sua primeira edição por Luiz Joaquim dos Santos Marrocos (1814), feita a pedido do Príncipe Regente D. João VI, no Rio de Janeiro, com anotações e comentários. A seguir o trabalho recolhe elementos destacando Francisco de Holanda, homem da corte, das letras e da arte no século XVI; Francisco de Holanda e Da Fábrica que falece a cidade de Lisboa um programa para a Renovatio urbis. |