O Álbum das antigualhas de Francisco de Holanda

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Santos, Rogéria Olimpio dos lattes
Orientador(a): Christo, Maraliz de Castro Vieira lattes
Banca de defesa: Costa Junior, Martinho Alves da lattes, Pifano, Raquel Quinet lattes, Ragazzi, Alexandre lattes, Fernandes, Cássio da Silva lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Juiz de Fora
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-graduação em História
Departamento: ICH – Instituto de Ciências Humanas
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/269
Resumo: O Álbum das Antigualhas do pintor português Francisco de Holanda, reúne uma série de desenhos em que o autor registra obras de arte, construções antigas e contemporâneas, fortificações, lugares, pessoas e eventos vistos por ele durante a viagem feita à cidade de Roma entre os anos de 1538 e 1540, junto à comitiva do embaixador português D. Pedro de Mascarenhas. Este livro de desenhos tem sido lido por grande parte dos pesquisadores que se debruçaram sobre a biografia de Francisco de Holanda, como um diário de viagem em imagens. Da viagem a Roma, resultou também a escrita do seu tratado Da Pintura Antiga e as imagens que compõem o Álbum das Antigualhas foram usadas por diversos estudiosos da obra literária de Francisco de Holanda como ilustrações para as questões teóricas propostas por ele. Outros se debruçaram sobre o álbum interessados nos desenhos que registram obras ou construções que não mais existem, buscando no álbum o registro histórico. Este „diário‟ no entanto, não foi ainda analisado no seu conjunto, na sua totalidade. Apesar do fato de que os desenhos registram as antiguidades vistas pelo autor durante a viagem, estes desenhos somente foram organizados no formato em que se apresentam ainda hoje, durante a década de 1560. Por este motivo, acredito que o álbum não reúne a totalidade dos desenhos feitos por Francisco de Holanda na ocasião, e sim, os mais significativos para o discurso que ele pretendia escrever com a constituição deste álbum. A pesquisa da qual esta tese é o resultado, busca esse discurso. É este o objetivo, analisar as escolhas feitas por Francisco de Holanda, qual o discurso resultante dessas escolhas e o que este discurso implica em termos de adesão cultural, alinhamento filosófico e/ou ideológico. Os desenhos que compõem o álbum foram divididos segundo os temas que apresentam. Dois grandes núcleos temáticos são perceptíveis. O primeiro contêm os desenhos que se referem à Antiguidade Clássica. O segundo, apesar de uma aparente incoerência, reúne os desenhos de fortalezas e as curiosidades, o relato visual de sua viagem. Partindo desses dois grandes eixos e pensando no papel de pioneiro que Francisco de Holanda tomou para si na defesa e valorização da arte em Portugal, analisei os possíveis subtemas em que se dividem os dois grandes eixos, o que permitiu uma leitura da modernidade que o autor pensava para Portugal.