Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Antunes, Camila Forni |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/7/7141/tde-24072019-130218/
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Resumo: |
Introdução: crianças escolares hospitalizadas são muitas vezes submetidas a tratamentos longos com procedimentos invasivos e dolorosos. A sua imaturidade na capacidade de enfrentamento da hospitalização pode causar ansiedade. O uso de instrumentos validados auxilia o enfermeiro no reconhecimento dos sintomas. Nesse sentido, o Child Drawing: Hospital Versão Brasileira (CD:H VB) viabiliza a identificação dos sintomas de ansiedade nas crianças em idade escolar hospitalizadas, por meio de desenhos. Objetivos: a) realizar as modificações necessárias no CD:H VB, segundo as diretrizes da psicometria para a construção de instrumentos; b) testar a validade de construto do instrumento CD:H VB; e c) testar a validade de conteúdo e de construto do instrumento CD:H VB - modificado. Método: inicialmente o instrumento foi traduzido e adaptado transculturalmente por Campos (2018) e a presente dissertação é um estudo psicométrico de validação do CD:H VB, denominado nesta investigação como CD:H VBa. Primeiramente o instrumento sofreu modificações para adequação de sua estrutura conforme normas psicométricas. Em seguida, quatro profissionais psicometristas, que compuseram o comitê de especialistas na validade de conteúdo, avaliaram as modificações e propuseram novas mudanças. Verificou-se o Content Vality Ratio (CVR) para as avaliações do comitê e, após as alterações, originou-se o CD:H VBb. Posteriormente 167 enfermeiros pediatras brasileiros participaram da validação de construto do CD:H VBa e CD:H VBb. A amostra foi randomizada e cada enfermeiro recebeu dois desenhos de crianças hospitalizadas e um dos instrumentos para que os desenhos fossem avaliados. Foram realizados testes de análise fatorial exploratória (AFE) e confiabilidade para ambos os instrumentos. Resultados: A CVR final do comitê de juízes foi de 0,73, sendo satisfatório para a aprovação do instrumento CD:H VBb. Assim, 167 enfermeiros avaliaram os desenhos, sendo 83 com o instrumento CD:H VBa e 84 com o CD:H VBb. A amostra foi composta por 95,8% do sexo feminino, com idades entre 26 e 45 anos, da região Sudeste, sendo que 46,7% trabalham na assistência e 46,1% no ensino. A análise descritiva das frequências e porcentagens demonstrou melhora nos padrões de respostas para o CD:H VBb. Na AFE, a adequação da amostra foi testada com o Kaiser-Meyer-Olkin (KMO), que demonstrou baixa qualidade dos dados para os dois instrumentos, variando de 0,48 a 0,55. Porém o teste Bartlett de esfericidade obteve resultados significantes (p0,05), permitindo analisar as cargas fatorais das amostras. Além disso, apresentou baixa variância explicada (22,5% a 30,1%), baixas cargas fatorais (0,4) e correlações negativas tanto para o CD:H VBa (-0,38 a 0,54) quanto para o CD:H VBb (-0,28 a 0,81). Sendo assim, foram propostos dois novos modelos, um para cada desenho, mantendo itens com as cargas fatorais mais altas, denominados modelos ajustados. Nestes a amostra resultou em somente uma dimensão, diferentemente do proposto inicialmente pelas autoras do CD:H. O teste de confiabilidade foi realizado por meio do alfa de Cronbach que se mostrou melhorado nos modelos ajustados, em torno de 0,7. Conclusão: o CD:H VBa e CD:H VBb reuniram fracas evidências de validade de construto. As análises da AFE e da confiabilidade demonstraram a instabilidade dos instrumentos. Recomenda-se a não utilização dos instrumentos na prática clínica e pesquisa no reconhecimento dos sintomas de ansiedade em crianças escolares hospitalizadas no Brasil. Sugerem-se novos estudos com os modelos ajustados pela AFE. |