Lipodistrofia em pacientes sob Terapia Anti-retroviral: subsídios para o cuidado de enfermagem a portadores do HIV-1

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2008
Autor(a) principal: Sanches, Roberta Seron
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22132/tde-25032008-165647/
Resumo: Efeitos colaterais têm sido associados à terapia anti-retroviral em portadores da infecção pelo HIV. Entre esses, destaca-se a a síndrome da lipodistrofia, caracterizada por hiperlipidemia e lipodistrofia. A lipodistrofia é manifestada por alterações na forma do corpo, com aumento progressivo da circunferência abdominal e torácica, aparecimento de gordura dorsocervical com expansão da circunferência do pescoço; e lipoatrofia, com perda de tecido adiposo na face, nas nádegas e nos membros superiores e inferiores. O presente estudo, seccional e descritivo, realizado com 84 pacientes atendidos em um ambulatório de dislipidemias específico para os portadores do HIV, abordou, através da técnica do auto-relato, a ocorrência da lipodistrofia e as principais repercussões relacionadas ao seu aparecimento. Dos 84 pacientes, 40 (47,61%) apresentavam alterações corporais. Para 65,00% deles, as alterações na sua aparência física constituem uma \"marca registrada\", capaz de revelar a soropositividade para infecção pelo HIV, o que acarreta sérias conseqüências para sua saúde afetivo-emocional. Além da lipodistrofia, as alterações metabólicas, que incluem as dislipidemias estão associadas ao risco elevado para o surgimento de doenças coronarianas. Do total de pacientes avaliados, 8 (9,52%) deles eram hipertensos, 1 (1,19%) relatou infarto agudo do miocárdio e 1 (1,19%) acidente vascular cerebral após ter iniciado a terapia anti-retroviral. Os achados deste estudo reforçam a relevância da temática, e ressaltam a necessidade de novos estudos com uma abordagem não somente dos parâmetros biológicos da síndrome da lipodistrofia, mas também do seu impacto psicossocial, fornecendo subsídios para a integralidade e qualidade da assistência de enfermagem prestada a esses pacientes.