Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Tristão, Gustavo da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27153/tde-27122018-103533/
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Resumo: |
Este trabalho analisa as relações entre rap e consumo em São Paulo, com o propósito de entender a sua relevância na construção identitária individual e coletiva. A análise abrange tanto as perspectivas comunicacionais e midiáticas do gênero musical quanto as suas características expressivas, discursivas e sígnicas, com o objetivo de revelar como o rap se constitui enquanto linguagem cultural e consumível em diversos aspectos. Esta investigação discute as influências conjunturais de ampliação do consumo na base da pirâmide social sobre a produção cultural dos rappers da nova geração, caracterizada pela contiguidade entre o agenciamento do fenômeno fonográfico e o fenômeno marcário. Nesse cenário, os atores do rap paulistano passam a explora-lo como negócio por meio do empreendedorismo no campo da moda. O referencial teórico inicial privilegia os vínculos entre consumo e identidade, compreendendo as especificidades do consumo na pós-modernidade, o consumo cultural e as identidades pós-modernas. Em seguida, examinamos os fatores que contribuíram para que o rap ganhasse notoriedade e superasse o seu status de subcultura, baseados na trajetória artística do grupo Racionais Mc\'s. Com isso, destacamos o papel do rap na construção de uma nova narrativa por parte dos sujeitos periféricos, na sua maioria negros, na qual o consumo assume uma dimensão central. Percorrido esse trajeto, nos dedicamos ao estudo da empresa Laboratório Fantasma, de propriedade do rapper Emicida, a fim de entender como se configuram as conexões entre música e moda operadas pela marca LAB. Nessa tarefa, adotamos como objeto o desfile da coleção LAB Yasuke no São Paulo Fashion Week em 2016, cuja análise se divide em duas partes. A primeira averigua a construção de sentido a partir da música cantada pelo rapper no desfile à luz da semiótica greimasiana, enquanto a segunda apura o potencial comunicativo das peças da coleção pela semiótica peirciana. Assim, a pesquisa aponta a importância do rap em sua interface com a moda na transformação social, bem como na formação de novas estéticas de consumo entre grupos identitários, que refletem o atual reposicionamento do gênero musical na Indústria Cultural. |