Estudo do regime transiente em desgaste abrasivo: ensaios em britador de mandíbulas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 1998
Autor(a) principal: Pintaúde, Giuseppe
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3132/tde-21022024-102601/
Resumo: No presente trabalho foram avaliadas taxas de desgaste de mandíbulas de aço fundido 2Cr-1, 5Si-0,5Mo em britador de laboratório, utilizando-se granito como abrasivo. Os ensaios foram realizados em duas condições de ensaios: granito de 19mm com aberturas entre mandíbulas na posição de saída de 0 e 3mm, e granito de 13mm com abertura entre mandíbulas zero, parâmetros estes que influenciam a redução de tamanho do material britado, bem como os esforços atuantes. As perdas de massas das mandíbulas foram determinadas até a britagem de 150 kg de granito, em bateladas de 30 kg. As taxas de desgaste foram decrescentes até o final do ensaio, apresentando queda mais acentuada entre a primeira e a segunda batelada, o que foi atribuído à remoção de heterogeneidades e ao encruamento da superfície do aço. As taxas de desgaste atingiram um patamar entre a segunda e a quarta batelada, tornando a decrescer entre a quarta e a quinta batelada. Este comportamento deve-se ao maior desgaste na parte inferior das mandíbulas, o que leva a mudança de geometria e conseqüentemente na alteração dos parâmetros de ensaio. Neste caso a estabilização das taxas de desgaste, que é utilizada para caraterizar o período de running-in, passa a não ser um bom indicador do término deste processo. Na condição de ensaio com granito de 19mm e abertura zero, observou-se as maiores taxas de desgaste. Em todas as condições de ensaio, as mandíbulas fixas foram as que apresentaram taxas de desgaste. O mecanismo de desgaste observado nas mandíbulas fixas foi por microcorte com intensa deformação plástica. Já nas mandíbulas móveis, embora tenha-se observado desgaste, não foi possível caracterizar o mecanismo envolvido. O mecanismo predominante por microcorte das mandíbulas fixas foi devido ao tipo de movimento relativo do granito na câmara de britagem, que favoreceu o granito atingir a superfície da mandíbula com ângulo favorável ao corte. O encruamento foi ) avaliado por meio de medidas de microdureza dinâmica. Os valores de microdureza na superfície das mandíbulas, após ensaios de desgaste, foram 40% superiores ao inicial e permaneceram inalterados até o final dos ensaios. A microdureza decresce de forma contínua com a profundidade, estabilizando-se numa espessura da ordem de 1mm, que não é modificada para maiores quantidades de granito britado. A avaliação conjunta de taxas de desgaste, do encruamento, da alteração geométrica das mandíbulas e da dispersão de resultados entre ensaios, confirmou informações da literatura para o critério de final do running-in com a britagem de 90kg de granito, correspondente a 3 bateladas deste trabalho.